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O que você precisa saber:
Os dados do relatório payroll reforçaram queda no mercado de trabalho e aumenta possibilidade para corte de juros.
O mercado de trabalho americano mostrou sinais de desaceleração em agosto, com a criação de apenas 22 mil empregos – resultado bem abaixo da expectativa do mercado, que era de 75 mil. No setor privado, foram 38 mil vagas criadas, também abaixo dos 75 mil esperados.
Principais pontos do relatório
- A média de criação de empregos nos últimos seis meses caiu para 64 mil (ante 78 mil no mês anterior).
- A taxa de desemprego subiu de 4,2% para 4,3%, confirmando a tendência de enfraquecimento.
- Os rendimentos médios dos trabalhadores desaceleraram mais que o previsto, caindo de 3,9% para 3,7% no acumulado anual.

Contexto e implicações
Os dados reforçam que o mercado de trabalho americano está perdendo fôlego, possivelmente refletindo os efeitos das políticas comerciais do governo Trump – especialmente as tarifas impostas em abril, que reduziram o volume de comércio
e afetaram a atividade econômica.
Diante desse cenário, e considerando o duplo mandato do Federal Reserve (que busca equilibrar emprego e inflação), o fraco resultado de agosto aumenta a probabilidade de um corte de juros na próxima reunião do Fed. Isso ocorre mesmo com preocupações inflacionárias relacionadas às tarifas, sinalizando que a prioridade do banco central é sustentar o crescimento econômico.

Thomás Gibertoni
Sócio | Portfolio Manager
É formado em Administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e possui certificações CGA e CGE. Thomás passou pelo Banco Santander e antes de chegar à Portofino foi Portfolio Manager na Claritas Investimentos.