O que você precisa saber: Na terça-feira (20), aconteceu o Macro Day, evento realizado pelo BTG Pactual que reuniu diversas figuras importantes dos cenários político e econômico, como Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central, e Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, além de outras personalidades políticas e empresariais.
Confira a seguir um overview do evento:
Perspectiva Econômica Brasileira
O primeiro painel do evento contou com a presença de Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, que comentou sobre a condução da equipe econômica no período pós-pandemia, assim como a necessidade da relação entre os poderes para que os resultados sejam alcançados.
Questionado sobre a política monetária, o ministro alertou que um erro na calibragem pode abortar um processo virtuoso de combate à inflação pelo lado da oferta. Nesse momento, Haddad falou de forma serena, a fim de evitar qualquer interpretação de conflito com o Banco Central, ressaltando que a equipe da autoridade monetária possui profissionais capacitados para realizar essa análise.
Haddad também afirmou que “não há razão para o Brasil não crescer igual ou acima da média mundial, com todo potencial que a economia brasileira tem”. A questão fiscal foi debatida, como não poderia ser diferente, e, quando perguntado sobre como o tema é abordado no Brasil e nos Estados Unidos, explicou que há um “exagero aqui e lá”. Ele disse que às vezes o assunto é abordado com “desleixo” nos Estados Unidos, não tendo tanta importância quanto no Brasil. Por outro lado, ele acredita que aqui ocorre um exagero com o debate também.
Por fim, os programas sociais receberam atenção no painel. O ministro defendeu a revisão para garantir que os benefícios atinjam seus verdadeiros públicos e não gerem problemas para a economia, assim como apresentar ao presidente Lula possíveis correções nos programas.
Política Monetária Brasileira
Na sequência, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, avaliou o cenário macroeconômico. Passando por “problemas técnicos” na sua tradicional apresentação de slides, o painel se desenvolveu no formato tradicional de “bate-papo”.
Ele abriu sua apresentação comentando sobre o cenário global de inflação, que está em processo de convergência na maioria dos países.
O presidente afirmou que o BC mantém a mensagem de que vai fazer o que for preciso, incluindo elevar os juros se necessário, mas que a autarquia não dará uma orientação futura para a política monetária.
No momento de analisar o cenário externo, Campos Neto explicou que nas últimas seis ou sete semanas houve uma diminuição do risco de o Federal Reserve (banco central norte-americano) não cortar ou levar mais tempo para começar a baixar os juros da maior economia do mundo, o que prejudicaria a liquidez global, com impacto nas economias emergentes como o Brasil.
Ele caracterizou o cenário atual como mais benigno e que hoje prevalece o cenário de pouso suave e uma “desaceleração organizada” nos EUA. “O principal risco era de não ter essa queda de juros, o que mudou nas últimas semanas. Isso poderia gerar movimentos disruptivos para mercados emergentes. Nesse sentido, melhorou a parte externa”, disse.
No que diz respeito à economia chinesa, ele analisou que ela está passando por um momento de desaceleração. Estão saindo de consumo externo para exportação muito baseado em eletrificação, sendo que seus produtos enfrentam alta de tarifas em mercados externos.
Ainda em sua participação, Campos Neto falou que a autoridade monetária tenta “recuperar a credibilidade” após a decisão dividida do Copom (Comitê de Política Monetária) em maio. “Obviamente, você não ganha credibilidade de um dia para o outro, é um jogo repetido. A gente sabe que credibilidade demora para ganhar e é relativamente rápida de perder. Hoje, estamos no processo de construir credibilidade”, ressaltou. Apesar disso, para ele, a equipe está mais unida, o que está refletindo nas últimas decisões.
Política Fiscal e Seus Efeitos Sobre a Economia
Dario Durigan, Sec. Executivo do Ministério da Fazenda afirmou que o governo cumprirá com as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal, que neste ano tem como regra fechar com déficit fiscal zerado. Ele ainda ressaltou que, para atingir os objetivos, requer um esforço de todos, com as medidas propostas sendo aprovadas no Congresso. “Temos um projeto consistente, não vamos abrir mão de equilíbrio fiscal. Sabemos quais são as consequências para o país, vamos seguir com o mesmo projeto.”, afirmou.
Também no painel, Mansueto Almeida, Economista-chefe do BTG Pactual, disse que o importante é cumprir esse compromisso com a regra fiscal. Ele pontuou que, sem o mercado acreditar que as regras fiscais serão cumpridas, a dúvida causa impacto em preço, taxa de juros e expectativa de inflação.
O Crescimento do Mercado de Capitais
Encerrando os painéis da parte da manhã, João Pedro Nascimento, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), e Marcos Pinto, Sec. de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, dividiram o palco.
Com uma apresentação, João Pedro afirmou que omercado de capitais cresceu em tamanho e em complexidade.
Os dados apresentados por ele mostraram que há 697 companhias abertas com registro ativo na CVM, sendo 482 na categoria A, aquelas que podem emitir todos os tipos de valores mobiliários. No entanto, apenas 415 companhias contam com ações efetivamente listadas na B3: isso mostra perspectivas de crescimento e evidencia uma demanda represada para a temática da retomada dos IPOs e ofertas subsequentes.
Evoluindo no painel, o agronegócio passou a ser assunto. O presidente da CVM comentou que o agronegócio é motivo de prosperidade, representando 25% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Contudo, isso ainda não se reflete na participação no mercado de capitais, onde a representatividade sempre foi muito pequena. Segundo ele, existe uma série de iniciativas para mudar isso. De dezembro de 2023 a março de 2024, o crescimento do agronegócio dentro do mercado de capitais foi de 15,6%, atingindo R$ 493 bilhões.
Além de destacar como as recentes mudanças regulatórias modernizaram o mercado, João Pedro utilizou pesquisas internacionais que mostravam o Brasil como quarto maior Mercado de Capitais do mundo sob a ótica dos fundos de investimentos. Em 2022, o mesmo ranking colocou o Brasil na sexta colocação, tendo entre as principais razões para a variação o câmbio e, em bases mundiais, o crescimento exponencial da indústria de fundos na China.
Ele aproveitou sua última fala para avaliar como os últimos três anos foram desafiadores para o mundo inteiro. “O que observamos no Brasil foi muito mais suave do que ao redor do mundo. Outros países de referência, como Itália, França e Espanha, nesse período, conviveram com quantidades expressivas de fechamento de capital. Esse fenômeno não se fez presente no Brasil”, concluiu.
Próximos Passos da Reforma Tributária
Outro assunto de muita importância é a Reforma Tributária. Daniel Loria, Diretor de Programa da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, Roberto Quiroga, sócio no Mattos Filho, e Vanessa Canado, Profa. e Coord. do Núcleo de Tributação do Insper, foram os painelistas convidados.
Loria comentou que teremos uma fase de transição de 10 anos, ou seja, um sistema que vai estar operacional de forma plena em 2033. Ele atribuiu esse longo período de transição ao sistema complexo que temos.
Quiroga, por sua vez, classificou a reforma como simples, neutra, equitativa e progressista. Entretanto, ele ponderou que é necessário entender o que significa simplicidade no sistema tributário. “Não existe sistema tributário simples. No mundo todo, eles são complexos. A palavra correta seria operabilidade”, disse. “Será que teremos menos complexidade? Eu diria não, mas teremos uma operação diferente. A complexidade em si vai existir, mas será um modelo mais operacional”, concluiu.
Além disso, ele contrapôs que é esperado haver maior complexidade no começo, mas todo mundo terá condições de entender o modelo de uma forma mais uniforme.
Por fim, ele argumentou que o grande problema da Reforma Tributária está na credibilidade. “Substancialmente, o que vamos ter que superar não é uma questão técnica, mas, sim, de credibilidade. Ou seja, se o governo não fizer e cumprir aquilo que a lei estipula, não adianta de nada a reforma”. Do ponto de vista técnico, explicou, a “reforma é muito boa”, porém passará por um grande teste de credibilidade da sociedade com o governo.
Perspectivas Macroeconômicas e Oportunidades de Investimento
Por fim, o último painel do dia reuniu Rogério Xavier, Sócio-fundador da SPX Capital, André Jakurski, Sócio-fundador da JGP, Luis Stuhlberger, Sócio-fundador da Verde Asset, e André Esteves, Chairman e Sócio Sênior do BTG Pactual.
O debate começou em torno da economia americana. Para Jakurski, o grande ponto de análise é o ritmo da desaceleração da economia americana. “Se ela for suave, é ótimo, mas se for mais agressiva, vai dar um susto”. Na questão de política monetária, Stuhlberger defendeu que o Fed nunca deu indícios que cortaria em 2024 os juros que o mercado precificou no ano passado e falou que hoje o mercado está mais racional. Rogério Xavier apresentou uma visão diferente de seus colegas, afirmando que Jerome Powell, presidente do banco central americano, posicionou o mercado para o início de cortes em março, além de achar que a economia americana está em um “claro processo de desaceleração”.
Ainda sobre os Estados Unidos, Jakurski destacou a imprevisibilidade de Trump como um receio caso ele seja eleito. Enquanto isso, Xavier avaliou que o grande efeito das eleições americanas é o da paralisia. “Eu prefiro ter a certeza de que um irá ganhar do que não ter nenhuma ideia”.
Em relação aos juros brasileiros, a opinião de Stuhlberger é que os juros podem subir devido à visão muito pior do fiscal do que o mercado está comprando. Xavier analisou que “esse ciclo pequeno de elevação de juros vai ser positivo para o Brasil à frente. Porque, em 2025, vai poder cortar os juros sem o déficit de credibilidade ao Banco Central. Acho uma oportunidade imperdível de puxar os juros”.
Este conteúdo é produzido pela PORTOFINO MULTI FAMILY OFFICE e fomenta o diálogo sobre a política e o empresariado brasileiro. A nossa opinião é neutra e não é partidária.
O que você precisa saber: Essa é a maior aquisição da história da Priner. A aquisição vai quadruplicar a receita da companhia no setor de mineração e marca a entrada no segmento de eletromecânica.
A companhia de serviços industriais Priner anunciou a compra da Real Estruturas, empresa voltada para a montagem eletromecânica. A transação, de R$ 170 milhões, é a maior aquisição da Priner, empresa de capital aberto que realizou seu IPO no ano de 2020.
Desde que se tornou independente, no final de 2012, a Priner já realizou 10 aquisições. O atual CEO da Real, Daniel Belém, terá 3,8% da Priner, tornando-se o quinto maior acionista da empresa e continuará comandando a nova unidade de negócios.
Nesta transação, atuamos como assessores exclusivos da Real Estruturas e seus sócios.
Este movimento reforça a amplitude de nosso portfólio, que oferece soluções exclusivas para atender todas as necessidades dos nossos clientes por meio das nossas verticais de Gestão de Investimentos, Investimentos Internacionais, Real Estate, Esporte, Arte e Entretenimento e, como neste caso, M&A (Fusões e Aquisições).
Se precisar de algum auxílio, entre em contato com a gente. Ficaremos muito felizes em te ajudar!
O que você precisa saber: Em entrevista para a Esfera Brasil, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, falou sobre as oportunidades sustentáveis da região.
Por Esfera Brasil
Pernambuco prevê R$ 1,7 bilhão em investimentos na infraestrutura necessária para distribuir ao restante do País a energia gerada nos parques solares e eólicos da Zona da Mata ao sertão, o que contempla a construção de novas linhas de transmissão e subestações.
Comandado por Raquel Lyra, que nos cedeu a entrevista exclusivaabaixo, o estado é um dos que se projetam na região como impulsionadores de um modelo econômico sustentável, a partir da gestão consciente dos recursos naturais e da valorização de projetos voltados à pesquisa e inovação.
De que forma Pernambuco tem estruturado políticas públicas com foco na transição energética para os próximos anos? É possível projetar um volume de investimentos?
Devido às características naturais do nosso estado, que tem grande potencial de geração de energias solares, eólicas e de biomassas, temos articulado a atração de investimentos públicos e privados. A realização de leilões da Aneel para a construção de linhas de transmissão e subestações viabilizará a infraestrutura necessária para escoar a energia renovável para os maiores mercados consumidores dentro do Brasil, que são as regiões Sul e Sudeste. Somente em Pernambuco, esses leilões representam investimentos na ordem de R$ 1,7 bilhão. Vender para garantir a demanda de consumo para essa energia produzida na região, não só no Brasil, mas fora também, é fundamental para sustentar a transição energética.
A transição energética para Pernambuco e para o Nordeste precisa ser enxergada como uma grande oportunidade de crescimento econômicocom redução das desigualdades. No mês de fevereiro, nós inauguramos uma usina de autoprodução de energia solar para abastecer unidades da Compesa [Companhia Pernambucana de Saneamento]. Concluímos a primeira etapa da usina solar, que fica no município de Flores, no Sertão do Pajeú. Fizemos um investimento de R$ 26 milhões. A previsão é que sejam reduzidas mil toneladas de emissão de CO2 na atmosfera.
“Novas rotas energéticas têm o potencial de colocar a região em uma posição de protagonismo global, mas devem ser construídas de modo a promover o desenvolvimento da nossa cadeia industrial e a geração de emprego e renda”, Raquel Lyra.
Como a senhora enxerga projetos como o Marco Legal do Hidrogênio Verde, o PL do Combustível do Futuro e o Mover nesse processo?
Novas legislações pavimentam o caminho para o surgimento de novas rotas energéticas, em especial no Nordeste e no estado de Pernambuco. Essas rotas têm o potencial de colocar a região em uma posição de protagonismo global, mas devem ser construídas de modo a promover o desenvolvimento da nossa cadeia industrial e a geração de emprego e renda.
Nosso estado possui capacidade instalada de infraestrutura, a exemplo do Porto de Suape, para atrair investimento de cadeias industriais que se beneficiarão da energia limpa e competitiva disponível em nossa região. O hidrogênio renovável e os biocombustíveis são exemplos de como essas novas rotas podem se consolidar.
Nesse sentido, vale ressaltar, na redação aprovada pelo Congresso para o Marco Legal do Hidrogênio Verde, a inclusão da biomassa e do etanol na rota de produção do hidrogênio renovável. Isso amplia as possibilidades de construirmos uma transição energética que considere os atributos e as oportunidades da nossa região.
Quais são os principais legados que Pernambuco quer deixar na agenda da economia verde?
Queremos, a partir dessa capacidade instalada, desenvolver novas cadeias de valor agregado, ou seja, produzir fertilizantes e produtos manufaturados com a energia verde. Queremos deixar como legado nossa responsabilidade social e ambiental durante a transição para a economia verde.
Nosso objetivo é que nossa atuação tenha um impacto duradouro na criação de uma economia mais sustentável, resiliente e justa para as futuras gerações. Estamos comprometidos com o desenvolvimento depolíticas públicassustentáveis que promovam energias renováveis, eficiência energética, a conservação dos recursos naturais do estado e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
Lançamos um Plano de Ação e um Modelo de Governança para promover uma economia sustentável e inclusiva, dando início à transição no estado. Acreditamos que as empresas locais também devem ser protagonistas nesse processo. Incentivamos a adoção de práticas sustentáveis e o desenvolvimento de responsabilidade social corporativa. Por meio do Movimento Plantar Juntos, estamos recuperando áreas degradadas do nosso estado, com a meta de plantar quatro milhões de árvores até o fim de 2026.
De que forma outros estados e regiões podem aproveitar o potencial da região Nordeste na transição energética?
Na área de energia sustentável, outras regiões podem apoiar e participar de projetos de cooperação para desenvolver parques eólicos e solares, compartilhando tecnologias e melhores práticas.
Além disso, é crucial trabalhar nas interconexões de rede, investindo em uma infraestrutura robusta de transmissão de energia que permita a integração da produção de energia renovável do Nordeste com outras regiões do País. Isso inclui a modernização e expansão da rede elétrica para acomodar a variabilidade das fontes renováveis. Promover a inovação por meio de concursos, subsídios e incubadoras de startups que estejam desenvolvendo soluções inovadoras para a transição energética também é uma estratégia valiosa.
Somos parceiros da Esfera BR, uma iniciativa independente e apartidária que fomenta o pensamento e o diálogo sobre o Brasil, um think tank que reúne empresários, empreendedores e a classe produtiva. Todas as opiniões aqui apresentadas são dos participantes do evento. O nosso posicionamento nesta iniciativa é o de ouvir todos os lados, neutro e não partidário.
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O que você precisa saber: As abordagens top-down e bottom-up são estratégias de investimento muito comuns entre os investidores. Entretanto, elas possuem características distintas em cada análise, mas é importante conhecer como funcionam para entender qual mais se encaixa com o seu perfil de investidor.
No mundo dos investimentos, escolher a melhor estratégia pode ser um verdadeiro desafio. Dentro da Análise Fundamentalista, existem duas abordagens populares: a top-down e a bottom-up, cada uma oferecendo uma maneira distinta de analisar e selecionar investimentos.
A abordagem top-down começa com uma visão ampla do mercado, analisando primeiro a economia global. Isso inclui avaliar tendências de crescimento econômico, taxas de juros, inflação e políticas governamentais. Com essa visão geral, o investidor aumenta sua capacidade em identificar setores específicos que serão mais beneficiados. Por exemplo, se a economia está se voltando para energia renovável, pode-se focar no setor de energia solar ou eólica em detrimento de matrizes de energia fóssil. Após selecionar setores promissores, o próximo passo é escolher empresas dentro desses setores que apresentam os melhores fundamentos, como desempenho financeiro sólido, boa gestão e competitividade.
Essa abordagem ajuda os investidores a se posicionarem em setores e empresas que se beneficiam das tendências econômicas gerais, alinhando seus investimentos com o panorama macroeconômico.
Por outro lado, a abordagem bottom-up começa com a análise detalhada de empresas individuais, independentemente do setor ou das condições econômicas gerais. Aqui, o foco é examinar minuciosamente o balanço patrimonial, lucros, fluxo de caixa, produtos, gestão e vantagem competitiva de cada empresa. Após identificar empresas sólidas, considera-se o setor em que elas operam e, finalmente, como essas empresas e setores se encaixam no cenário econômico global.
Tal abordagem permite que os investidores encontrem empresas subvalorizadas ou com grande potencial, mesmo em setores que podem não estar em alta no momento, acreditando que as iniciativas próprias que a empresa está tomando são mais relevantes do que o ambiente externo a ela. É uma estratégia baseada na crença de que boas empresas podem prosperar independentemente das condições macroeconômicas, sendo geralmente utilizada por investidores que adotam a estratégia buy and hold, acompanhando a empresa escolhida no longo prazo.
A escolha entre essas abordagens depende do perfil do investidor e das condições de mercado. A abordagem top-down é ideal para aqueles que desejam se alinhar com as grandes tendências econômicas e identificar setores promissores. É particularmente útil em tempos de grandes mudanças econômicas ou políticas. Já a abordagem bottom-up é perfeita para investidores que acreditam na seleção de ações individuais com base em seus méritos intrínsecos e que têm um profundo conhecimento de empresas específicas. É útil para identificar oportunidades únicas no mercado, que podem passar despercebidas por uma análise macroeconômica mais ampla.
A top-down e a bottom-up têm suas vantagens e desvantagens. A estratégia top-down ajuda a manter uma visão estratégica e a se posicionar para grandes tendências, mas pode perder oportunidades individuais dentro de setores menos promissores. A bottom-up oferece uma análise detalhada de empresas específicas e pode identificar oportunidades únicas, porém pode não levar em conta os riscos macroeconômicos mais amplos. O segredo para bons investidores é saber como essas duas estratégias podem ser complementares, se bem utilizadas. O investidor precisa se conhecer, entender seus objetivos e desejos, para aplicar a estratégia que maximize seus investimentos.
Na Portofino, contamos com um time de gestão robusto, experiente e complementar, onde todas as decisões de investimento são tomadas de forma colegiada em diferentes e recorrentes comitês, garantindo uma abordagem equilibrada e bem fundamentada. Nossa estrutura de investimentos, com estratégias personalizadas para cada cliente e seus objetivos, assegura que nossas decisões de investimento sejam tanto estratégicas quanto detalhadamente fundamentadas, otimizando o portfólio para gerar valor consistente e sustentável.
No mercado financeiro, tanto a abordagem top-down quanto a bottom-up têm seus méritos. Muitos investidores optam por uma combinação das duas, aproveitando o melhor de ambos os mundos para construir um portfólio equilibrado e bem-informado. Dessa forma, é possível se beneficiar das tendências econômicas gerais enquanto se aproveita de oportunidades específicas e subvalorizadas no mercado.
Este texto tem fins informativos e educacionais e não constitui uma recomendação de investimento. Nenhuma estratégia de investimento, incluindo a análise fundamentalista ou técnica, garante retornos positivos ou evita perdas. As abordagens discutidas devem ser adaptadas às circunstâncias individuais de cada investidor. É importante que cada investidor realize sua própria pesquisa e considere seus objetivos, tolerância ao risco e situação financeira antes de tomar decisões de investimento.
O que você precisa saber: O governo lançou a Estratégia Nacional de Governo Digital para 2024-2027, iniciativa que visa reduzir fraudes e custos, além de promover a transformação digital em saúde e educação.
Por Esfera Brasil
O governo divulgou recentemente um decreto definindo termos da Estratégia Nacional de Governo Digital para o período de 2024 a 2027, na direção da consolidação do sistema formado pela rede digital que nos últimos anos ficou conhecida como “gov.br”, para estados e municípios.
Um dos carros-chefes nesse processo é a popularização da Carteira de Identidade Nacional. Criado a partir de parâmetros rígidos de segurança da informação, o documento, que já chegou a cinco milhões de emissões, tem potencial para reduzir fraudes e reduzir custos de emissão. A carteira utiliza o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como número único para todas as unidades da federação. A padronização facilita a estruturação de cadastros em programas do governo e amplia verificações de Segurança Pública.
Composto de dez grandes objetivos, o plano possui um conjunto de orientações e recomendações para estados e municípios adotarem suas próprias diretrizes em relação à esfera digital. A responsabilidade de condução dessa política é do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGISP). E entre as prioridades estão o desenvolvimento de ações de capacitação para servidores públicos em temáticas de inovação, de governo digital e de governo aberto; e a adoção de práticas de transformação digital nas áreas de saúde e educação, com apoio ao compartilhamento seguro de dados entre diferentes órgãos da administração pública.
“Os municípios, no máximo, têm um plano de TI [Tecnologia da Informação]. E a gente fez uma estratégia, que é a Estratégia da Estratégia, como a gente chama, para que todos possam caminhar juntos com o governo federal, na mesma direção. Se a gente não conseguir trazer o Brasil inteiro nessa estratégia, todo mundo caminhando na mesma direção, a gente não vai conseguir prover à população os ganhos que essa estratégia pode ter”, afirmou a ministra Esther Dweck.
Adesão voluntária
Segundo o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra Dweck, a adesão dos entes federativos será voluntária. Estados, municípios e Distrito Federal que decidirem integrar a rede digital devem difundir suas experiências de políticas públicas e compartilhar informações sobre o avanço na implementação da estratégia.
No último ano, o governo federal promoveu uma série de oficinas presenciais nas cinco regiões do País, além de eventos remotos para ampliar o debate nos entes federativos com organizações da sociedade civil, instituições privadas e também empresas públicas de tecnologia.
“O digital hoje está na vida de todas as empresas e não é diferente no âmbito do governo. A gente entende que é uma questão absolutamente transformadora. São linhas importantes conduzidas nessa pauta do digital”, apontou Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do MGISP, em entrevista concedida ao EsferaCast, durante a realização do Fórum Esfera 2024, em Guarujá.
Somos parceiros da Esfera BR, uma iniciativa independente e apartidária que fomenta o pensamento e o diálogo sobre o Brasil, um think tank que reúne empresários, empreendedores e a classe produtiva. Todas as opiniões aqui apresentadas são dos participantes do evento. O nosso posicionamento nesta iniciativa é o de ouvir todos os lados, neutro e não partidário.
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O que você precisa saber: A Análise Fundamentalista avalia o valor intrínseco de uma empresa com base em seus fundamentos econômicos e financeiros, ajudando investidores a tomarem decisões informadas para o longo prazo.
Para entender a Análise Fundamentalista, podemos comparar o processo de compra de uma casa ou apartamento. Antes de fechar o negócio, você inspeciona cada detalhe: a estrutura, o encanamento, a eletricidade, a localização e até conversa com os vizinhos para saber sobre a vizinhança. Essa investigação cuidadosa é essencial para garantir que você está fazendo um bom investimento. Da mesma forma, acontece com essa metodologia, que envolve uma análise detalhada dos “alicerces” de uma empresa para determinar se vale a pena investir nela.
O que é a Análise Fundamentalista?
A Análise Fundamentalista é uma metodologia utilizada por investidores para avaliar o valor intrínseco de uma empresa. Diferentemente da Análise Técnica, que se baseia em gráficos e padrões de preço, esse modelo foca nos fundamentos econômicos e financeiros da empresa.
Como funciona a Análise Fundamentalista?
A Análise Fundamentalista pode ser dividida em quatro passos principais:
Análise Macro e Microeconômica: analisar o ambiente macroeconômico (economia global e nacional) e o setor em que a empresa opera.
Análise Qualitativa: entender as pessoas por trás da empresa, quem são os sócios e o que eles fizeram no passado, avaliar a diretoria que toca a operação no dia a dia e como funciona o alinhamento deles com os acionistas. Além disso, buscamos aqui avaliar quais são as vantagens competitivas da companhia em relação a seus pares.
Análise Financeira: aqui, envolve examinar os relatórios financeiros para entender a saúde, lucratividade e estabilidade da empresa.
Valuation: finalmente, usam-se técnicas como o fluxo de caixa descontado para projetar os fluxos de caixa futuros e descontá-los ao valor presente. Se o valor intrínseco encontrado for maior que o preço de mercado, a ação pode estar subvalorizada e ser uma boa compra.
Dentre esses passos, alguns componentes são importantes ao utilizar essa metodologia:
Demonstrativos Financeiros:
Balanço Patrimonial: apresenta os ativos (o que a empresa possui), os passivos (suas dívidas) e o patrimônio líquido (a diferença entre ativos e passivos);
Demonstração de Resultados: avalia o desempenho da empresa ao longo do tempo, passando por receitas, custos, despesas e lucros;
Demonstração de Fluxo de Caixa: acompanha o dinheiro que entra e sai da empresa, essencial para entender sua liquidez.
Indicadores Financeiros:
P/L (Preço/Lucro): relação entre o preço da ação e o lucro por ação. Indica quanto os investidores estão dispostos a pagar por cada real de lucro;
ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido): mede a rentabilidade dos recursos próprios da empresa. Um ROE alto geralmente é um bom sinal;
Dívida/Patrimônio Líquido: avalia o grau de endividamento da empresa.
Análise Fundamentalista x Análise Técnica
Cada uma dessas metodologias oferece uma perspectiva única sobre como avaliar e selecionar ativos financeiros. Por exemplo, enquanto a abordagem da Análise Técnica utiliza gráficos e padrões de preço, a Análise Fundamentalista examina os demonstrativos financeiros, indicadores econômicos, gestão da empresa e o setor de atuação.
Além da abordagem, há outros fundamentos principais que diferenciam essas duas metodologias.
1. Horizonte de Tempo
A Análise Fundamentalista é geralmente aplicada para investimentos de longo prazo, para os investidores que estão olhando empresas que tenham um bom desempenho sustentado ao longo do tempo. Já a Análise Técnica é muito utilizada pelos traders que procuram aproveitar movimentos de preços de curto a médio prazo para obter ganhos rápidos.
2. Ferramentas e Indicadores
Enquanto a Análise Técnica utiliza gráficos de preços (candlestick, linha, barra) e volume de negociação, o modelo fundamentalista mergulha no DNA da empresa, analisando o balanço patrimonial, demonstração de resultados, demonstração de fluxo de caixa e relatórios de análise de mercado.
3. Dados Utilizados
Nesse quesito, a Análise Técnica tem como característica se basear em dados do mercado, como preços e volumes de negociação. Os investidores que utilizam essa metodologia acreditam que as informações necessárias para a tomada de decisão estão refletidas nos gráficos. A Análise Fundamentalista, por outro lado, é baseada em dados quantificáveis e qualitativos. A partir do estudo de dados financeiros e econômicos da empresa, assim como notícias relevantes e informações sobre o setor e a economia global.
Por que usar a Análise Fundamentalista?
Investir com base em fundamentos ajuda a tomar decisões mais informadas e menos sujeitas a flutuações de curto prazo no mercado. Ela exige tempo e conhecimento. Contudo, também tem a capacidade de oferecer insights que ajudarão a encontrar oportunidades de investimentos que possam passar despercebidas.
Na Portofino, contamos com um time de gestão robusto, experiente e complementar, onde todas as decisões de investimento são tomadas de forma colegiada em diferentes e recorrentes comitês, garantindo uma abordagem equilibrada e bem fundamentada.
Todas as nossas decisões de investimento passam por um rigoroso processo de escolha, buscando sempre um equilíbrio entre potencial de crescimento e sustentabilidade financeira. Analisamos relatórios detalhados fornecidos por nossos bancos parceiros, realizamos uma avaliação de risco própria e submetemos ao comitê para aprovação.
Este texto tem fins informativos e educacionais e não constitui uma recomendação de investimento. Nenhuma estratégia de investimento, incluindo a análise fundamentalista ou técnica, garante retornos positivos ou evita perdas. As abordagens discutidas devem ser adaptadas às circunstâncias individuais de cada investidor. É importante que cada investidor realize sua própria pesquisa e considere seus objetivos, tolerância ao risco e situação financeira antes de tomar decisões de investimento.