Inflação prévia de agosto surpreende negativamente e mostra que cautela ainda é necessária

Inflação prévia de agosto surpreende negativamente e mostra que cautela ainda é necessária

(Tempo de leitura: 2 minutos)

O que você precisa saber:
A prévia da inflação caiu – 0,14% em agosto, após registrar alta 0,33% em julho. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi o menor desde setembro de 2022 (-0,37%) e o primeiro negativo desde julho de 2023 (-0,07%).


A prévia da inflação (IPCA-15) de agosto recuou 0,14%, uma queda menor do que a esperada pelo mercado (-0,20%). Embora o índice tenha desacelerado bastante em relação a julho (0,33%) e tenha caído no acumulado de 12 meses (de 5,30% para 4,95%), o resultado veio pior do que o previsto em itens importantes.

Apesar da queda geral, alguns setores que o Banco Central monitora de perto continuaram pressionados:

  • Serviços como educação e reparos: alta de 0,55%
  • Serviços que dependem muito de mão de obra: alta de 0,62%
  • Média dos núcleos de inflação: alta de 0,32%

Desta forma, o resultado de agosto mostra que, apesar da melhora recente, a economia ainda enfrenta desafios. A inflação segue acima da meta, o mercado de trabalho está aquecido e há pressões fiscais. Por isso, ainda é pouco provável que o Banco Central corte juros esse ano, mantendo os juros altos por mais tempo para garantir que a inflação continue caindo.

grafico com dados de inflação

Thomás Gibertoni
Sócio | Portfolio Manager

É formado em Administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e possui certificações CGA e CGE. Thomás passou pelo Banco Santander e antes de chegar à Portofino foi Portfolio Manager na Claritas Investimentos.

A tecnologia que garante a taça perfeita e evita o desperdício

A tecnologia que garante a taça perfeita e evita o desperdício

(Tempo de leitura: 2 minutos)

O que você precisa saber:
A história do biomédico Greg Lambrecht está influenciando a forma como as pessoas estão bebendo vinho. O produto desenvolvido por ele mexeu com o mercado de restaurantes, bares, entre outros.


Toda garrafa de vinho guarda em sua história um universo de aromas e sabores que esperam o momento certo para serem liberados. Por séculos, o ritual de abrir um bom rótulo foi um prelúdio sagrado, com o som do saca-rolhas anunciando o início de uma celebração.

Mas e se a magia pudesse acontecer sem quebrar o lacre, sem violar a quietude do vinho? Pense como seria poder saborear uma taça daquela safra especial, guardando o restante da garrafa intacto. O produto permite que cada gole seja uma nova descoberta, sem comprometer o futuro da garrafa.

O equipamento, desenvolvido pelo biomédico Greg Lambrecht, é a chave para servir o vinho sem precisar remover a rolha. O conceito já conquistou o mundo, sendo usado para mais de 300 milhões de taças em mais de 60 países. Antes de chegar ao mercado, Greg passou 12 anos testando sua invenção em mais de 4,8 mil garrafas de vinho.

Afinal, como é possível encher uma taça de vinho sem violar a integridade da rolha? O segredo nasceu do seu trabalho como biomédico. Em uma entrevista à Bloomberg Línea, Greg revelou que trabalhava com muitas agulhas e, fascinado, se pegava imaginando como usá-las para furar a rolha sem abrir a garrafa. O Timeless, modelo original, funciona com uma agulha ultrafina que atravessa a rolha, injeta gás argônio na garrafa e permite que o vinho seja extraído sem que o oxigênio entre, protegendo a bebida.

Unindo duas paixões — a medicina e o vinho — o dispositivo, cujo nome significa “coração do vinho” em latim, nasceu para promover uma mudança de mentalidade. Segundo o criador, o Coravin veio para mostrar que “servir vinho por taça pode ser seguro, lucrativo e prazeroso. E que o vinho não precisa ser consumido todo de uma vez”, concluindo uma revolução no modo como apreciamos a bebida.

Confira essa história completa na Bloomberg Línea pelo link abaixo.
Biomédico criou método para tirar vinho sem abrir a garrafa. Hoje fatura US$ 100 mi

O Brasil como ele é: sol, praias e nada monótono

O Brasil como ele é: sol, praias e nada monótono

(Tempo de leitura: 5 minutos)

O que você precisa saber:
O cenário econômico e político no Brasil é sempre – muito – movimentado, e neste ano não tem sido diferente.


Dizem que ser brasileiro é um privilégio: praias que parecem pintadas à mão, uma cultura vibrante, uma natureza que nos abraça de verde e vida, um cheiro de comida que acalma a alma e, claro, um talento nato para o futebol. Mas há algo a mais, uma característica que nos define e nos mantém na ponta da cadeira: o Brasil simplesmente se recusa a ser monótono. Por aqui, a vida é uma série de reviravoltas, e o cenário político e econômico é o nosso show de “breaking news” particular.

Vamos começar pelo espectro da economia. Empossado no começo do ano como presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo aplicou remédios amargos na economia, elevando os juros a 15% ao ano – o maior patamar em quase 20 anos – em resposta a um cenário de elevada incerteza, tanto no cenário externo — com destaque para as políticas comerciais dos Estados Unidos — quanto no doméstico, especialmente em relação aos rumos da política fiscal e inflação.

Na última decisão de juros, o Copom manteve a taxa básica em 15% ao ano, com um tom duro e antecipando manutenção neste patamar para a próxima reunião. Segundo o nosso sócio e Portfolio Manager, Thomas Gibertoni, diante desse cenário, o Banco Central decidiu manter os juros altos por mais tempo para garantir que a inflação volte à meta. Além disso, o Comitê reforçou que vai continuar atento e pode voltar a subir os juros se perceber que os riscos aumentaram, como o aumento com incertezas sobre a guerra comercial com os Estados Unidos, que pode respingar na inflação por aqui.

E por falar em inflação, aquela sombra que assombra o nosso bolso… parece que ela está dando um sinal de paz – mas com muito trabalho ainda pela frente. O IPCA de julho subiu 0,26%, ficando abaixo das expectativas do mercado (0,36%) e mostrou desaceleração no acumulado em 12 meses (de 5,35% para 5,23%). O núcleo de inflação (que exclui itens voláteis) seguiu em desaceleração, reforçando que a pressão inflacionária está perdendo força. É como se, finalmente, as sementes que o Banco Central plantou estivessem dando frutos.

Conclusão? “Os dados reforçam que a inflação está em trajetória de queda, com menos pressão nos setores mais sensíveis à política monetária. Isso apoia a visão do BC de que os juros altos estão funcionando e abre discussão para corte ainda em 2025.”, analisou o nosso Portfolio Manager.

Se a economia nos mantém atentos, a política é o palco onde o espetáculo não para.

Nos primeiros meses do ano, o governo sentiu o peso da opinião pública. Pesquisas de popularidade, como a do Datafolha, revelaram uma desaprovação recorde, mostrando que a lua de mel com a população já havia terminado. A cada nova pesquisa, um novo resultado negativo, e a cada dia uma nova polêmica assombrando o Palácio do Planalto — do aumento do IOF ao rombo do INSS.

A bola da vez é o desgaste entre o governo brasileiro e o dos Estados Unidos, que acarretou na imposição de tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros. Mas, como em toda boa história, o roteiro também tem reviravoltas. Nas últimas semanas, a aprovação do governo deu um pequeno sinal de vida, como uma planta que recebe um pouco de sol depois de dias de chuva. Os dados, divulgados pela pesquisa da AtlasIntel, trouxeram um fôlego, mostrando que, pela primeira vez desde 2024, a aprovação de Lula superou numericamente a desaprovação.

Leia mais: Gestão Dinâmica | Trump impõe tarifaço ao Brasil: embate comercial vira capital político para Lula

Será que essa pequena melhora na economia vai ser suficiente para manter o governo em posição de força para 2026?

(Aprofunde-se no assunto em nosso texto sobre “A nova lógica eleitoral brasileira: por que a boa economia não tem sustentado a avaliação do atual governo?”)

No final das contas, o título do nosso texto se confirma: o Brasil é nada monótono. Seja na política ou na economia, sempre teremos o que conversar e o que nos preocupar. E é por isso que, mais do que nunca, a necessidade de um gestor profissional é fundamental — alguém para ajudar a decifrar os sinais e navegar por águas agitadas.

Pois ser brasileiro e morar por aqui tem suas vantagens, porém é uma constante negociação entre desafios e oportunidades, com uma dose de imprevisibilidade que mantém as coisas interessantes.

Nos mantemos atentos e ativos com os próximos desdobramentos.

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