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O que você precisa saber:
Nesta semana, alguns dos nomes mais importantes do mundo dos bancos centrais estão reunidos em Sintra, Portugal, para o tradicional fórum do Banco Central Europeu. E o painel desta terça-feira (1) reuniu duas figuras de peso: Christine Lagarde, do BCE, e Jerome Powell, do Fed.


Como era de se esperar, o trio “tarifas, juros e inflação” dominou a conversa.

Powell foi direto ao ponto: com a economia americana ainda mostrando força, o Fed prefere manter os juros como estão — pelo menos por enquanto. “Acreditamos que o mais prudente é esperar, entender melhor os efeitos das tarifas e observar os dados”, afirmou.

Segundo ele, a política tarifária tem segurado cortes que, de outro modo, talvez já tivessem acontecido. “Se você ignorar as tarifas, a inflação está se comportando exatamente como esperávamos”, comentou. E completou: “A economia americana está em uma posição muito boa. No geral, estamos saudáveis”. Para embasar, citou a inflação em 2,3% e o desemprego em 4,2%.

Sobre os efeitos das tarifas na inflação, o presidente do Federal Reserve explicou que o comitê do BC não esperava manifestação neste momento, mas que espera uma inflação um pouco maior no verão. ”Ela pode vir mais tarde ou mais cedo do que esperávamos”, disse.

Questionado se podemos ver corte de juros ainda este ano, ele respondeu: “Vamos ponderar se podemos seguir com reduções de juros ainda neste ano, vamos monitorar o que aparece e não aparece na inflação e também observar o mercado de trabalho. Mas uma maioria do comitê enxerga que seria apropriado começar a reduzir os juros no decorrer das próximas quatro reuniões”.

As declarações dadas pelo presidente acontecem poucos dias após novas críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após sugerir até que poderia demitir Powell e chamá-lo de “burro e teimoso”, por não cortar os juros, Trump chegou a escrever uma carta à mão com um ranking das taxas de juros de diversos países ao redor do mundo.

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, o BCE tem sido mais ativo: já cortou os juros oito vezes no último ano. Mas Lagarde manteve o tom de cautela: “os dados vão dizer. Nós estamos determinados a continuar analisando os dados, decidir a partir de cada encontro e não se comprometer com nenhum movimento previamente sobre o caminho dos juros”.

Ainda ontem, durante discurso de abertura do evento, a presidente do BC reiterou que o “trabalho não está terminado” contra a inflação. Apesar de se manter vigilante, ela destacou a importância de atingir a meta de 2% após anos de desafio político para estabilizar a inflação.

Por fim, mesmo com a prévia da inflação na Zona do Euro voltando a subir para 2% em junho (a primeira alta desde janeiro), Lagarde mostrou confiança: “Estamos em uma boa posição para atingir o objetivo e navegar nas águas turbulentas que antecipamos”.

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