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O que você precisa saber:
O mercado de M&A no Brasil começa a dar sinais de retomada, com foco em setores como tecnologia e energia. Em um cenário ainda cauteloso, investidores buscam negócios mais sólidos e sustentáveis, deixando de lado o crescimento a qualquer custo.
Depois de um período mais tímido, o mercado de fusões e aquisições começa a mostrar sinais de que está, pouco a pouco, voltando ao jogo. Ainda sem atingir os volumes pré-2022, é verdade, mas o sentimento é de que a maré está mudando.
Em 2024, o Brasil registrou mais de 1,5 mil operações – uma clara recuperação após dois anos de desempenho mais fraco. As negociações entre empresas brasileiras lideraram o movimento, com 981 casos, seguidas por transações com capital estrangeiro adquirindo companhias nacionais, que somaram 394. O retrato é de um mercado que segue amadurecendo e se consolidando como um dos mais dinâmicos da América Latina.
Apesar dos números positivos para o mercado, o aumento da taxa de juros e as questões fiscais e políticas que pairam sobre Brasília foram desafios para o ritmo das transações — especialmente nos setores mais sensíveis às mudanças macroeconômicas.

A perspectiva para 2025, entretanto, é a de que os investidores estratégicos e os fundos de private equity, que haviam pisado no freio, voltem a demonstrar interesse. E não de forma indiscriminada: tecnologia e energia seguem no centro das atenções, mas com uma postura mais criteriosa.
“A palavra de ordem, no entanto, é seletividade”, analisa Luiz Guimarães, sócio Portofino da área de M&A (Fusões e Aquisições, em português). “O apetite está mais exigente. Se antes o mercado parecia hipnotizado por promessas de crescimento acelerado, hoje os olhos se voltam para empresas resilientes, com boa geração de caixa e fundamentos sólidos. O ‘crescer a qualquer custo’ perdeu brilho — o que importa agora é o quanto esse crescimento se sustenta de pé. O sentimento geral? Cautela com viés positivo”, conclui.