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O que você precisa saber
O mercado de joias está passando por um período de mudança, com os diamantes sintéticos ganhando espaço em relação aos naturais. O novo comportamento dos consumidores têm impulsionado o avanço dessa nova tendência.
Imagine um futuro onde o brilho de um diamante não começa nas profundezas da Terra, mas sim nas mãos de cientistas em laboratórios de alta tecnologia. Esse futuro está se tornando realidade rapidamente, com as maiores joalherias do mundo apostando cada vez mais nos diamantes sintéticos.
Enquanto o preço dos diamantes naturais despenca e o impacto ambiental da mineração se torna uma preocupação crescente, as pedras criadas em laboratório emergem como a escolha da vez. Em uma década, diamantes sintéticos podem dominar o mercado, trazendo um brilho novo e acessível ao alcance de todos.
O mercado dos diamantes naturais passa por um momento turbulento. Informações da CNBC mostram que os preços dos diamantes caíram 5,7% em 2024, acumulando uma queda superior a 30% desde o pico de 2022.
O CEO da Pandora, Alexander Lacik, em entrevista para a Bloomberg, disse acreditar que levará menos de 10 anos para que as vendas de diamantes produzidos em laboratórios ultrapassem os extraídos. Segundo ele, o comportamento dos consumidores está mudando, pois eles estão cada vez mais avaliando os custos e os impactos climáticos ao comprar joias.

Especialistas do mercado dizem que as pedras sintéticas possuem as mesmas propriedades químicas e físicas dos naturais, mas custam ¼ do preço para serem feitas, além das vantagens ambientais que representam.
A Pandora, por exemplo, vendeu 61 milhões de coroas dinamarquesas (US$ 8,9 milhões) em diamantes cultivados em laboratório no segundo semestre, um aumento de 88% em relação ao ano anterior. Entretanto, isso ainda representa menos de 1% do total de vendas da empresa. A expectativa é que as vendas anuais dos diamantes sintéticos sejam de 1 bilhão de coroas dinamarquesas (US$ 147 milhões) até 2026.
O gosto pelas joias sintéticas parece ter chegado aos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de diamantes. Segundo levantamento divulgado pela Exame, em 2024, metade das peças terá pedras sintéticas, contra apenas 2% em 2018. Além disso, alguns números apontam que a produção de diamantes sintéticos deve chegar a 20% do mercado global em 2030.
Ao que tudo indica, essa é uma tendência que vai ganhar cada vez mais espaço, exigindo uma adaptação para as empresas e para os consumidores.