(Tempo de leitura: 3 minutos)

O que você precisa saber:
– O indicador avançou 0,48% em setembro
– A energia elétrica residencial puxou a alta
– O dado trouxe sinais positivos, com os núcleos de inflação apresentando desaceleração


O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, avançou 0,48% em setembro, após ter registrado deflação de 0,14% em agosto. O resultado veio abaixo da mediana das projeções de mercado (0,52%) e praticamente em linha com estimativas de algumas casas. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses passou de 4,95% para 5,32%.

A alta foi puxada principalmente pela energia elétrica residencial (+12,17%), influenciada pelo fim do “bônus de Itaipu”, e pela menor queda de alimentos consumidos em casa (-0,63%). Bens industriais também contribuíram para a aceleração, com destaque para o vestuário (+0,97%). Por outro lado, alguns itens ajudaram a segurar o índice, como cinema e teatro (-4,78%) e seguro de veículos (-5,95%).

Na composição, o dado trouxe sinais positivos. Os núcleos de inflação — medidas que excluem choques temporários e são acompanhadas de perto pelo Banco Central — voltaram a desacelerar. Serviços subjacentes subiram apenas 0,04%, enquanto a média dos núcleos avançou 0,20%. A métrica suavizada de serviços subjacentes caiu para 4,9% no trimestre anualizado, menor patamar em um ano.

Em resumo: embora a inflação cheia tenha acelerado em setembro, o movimento foi concentrado em itens pontuais e pouco ligados à atividade econômica. Os indicadores mais estruturais voltaram a mostrar arrefecimento, sugerindo que a tendência de desinflação foi retomada.

Esse quadro reforça a leitura de que a política monetária restritiva está surtindo efeito. Apesar de riscos domésticos persistirem, analistas seguem avaliando que o Banco Central deve iniciar um ciclo de corte de juros a partir do primeiro trimestre de 2026.

Thomás Gibertoni
Sócio | Portfolio Manager

É formado em Administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e possui certificações CGA e CGE. Thomás passou pelo Banco Santander e antes de chegar à Portofino foi Portfolio Manager na Claritas Investimentos.

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