Esfera Brasil | Urgência e pragmatismo para liderar de forma estratégica

Esfera Brasil | Urgência e pragmatismo para liderar de forma estratégica

(Tempo de leitura: 5 minutos)

O que você precisa saber:
Confira o que aconteceu no III Fórum Esfera Internacional, realizado em Belém (PA).


Por Esfera Brasil

O III Fórum Esfera Internacional, realizado em Belém (PA), reuniu, na manhã desta sexta-feira (10) lideranças políticas e empresariais para antecipar as discussões da COP30, prevista para outubro. O evento marcou a convergência entre representantes do governo federal, do setor privado e da sociedade civil em torno de um objetivo comum: transformar o potencial ambiental brasileiro em oportunidades concretas de investimento.

Entre os temas centrais estiveram a transição energética, a atração de investimentos estrangeiros e a integração da Amazônia à agenda econômica nacional, com destaque para projetos de infraestrutura e bioeconomia. A mensagem predominante foi de urgência e pragmatismo: o País não pode abrir mão de liderar a agenda climática global, mas precisa fazê-lo com equilíbrio fiscal e segurança jurídica.

Autoridades locais, ministros e empresários, reforçaram a mensagem de fortalecer o diálogo entre poder público e iniciativa privada fora do eixo Brasília–São Paulo, levando o debate econômico a regiões estratégicas do País.

“As discussões que estarão acontecendo na COP são transversais. É muito mais do que um evento de meio ambiente. O meio ambiente dialoga diretamente com a economia”, ilustrou o governador do Pará, Helder Barbalho.

Governança e segurança jurídica

A consolidação de um ambiente de negócios seguro passa por marcos regulatórios bem definidos e estabilidade nas políticas públicas. Por outro lado, a ausência de regras sólidas e o excesso de judicialização afastam investidores, especialmente em setores estratégicos como a infraestrutura. 

“Muita gente pergunta porque não vem outra empresa aérea para o Brasil, mas como a gente explica o sistema tributário, regras trabalhistas e alto grau de judicialização?”, questionou Tiago Faierstein, diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Somado a isso, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, apontou a carga tributária como grande gargalo na atração de investimentos. 

“Mais de 50% do que pagamos de energia elétrica é imposto ou política pública. Isso tem que ser alterado. O consumidor sofre, a indústria sofre e a competitividade brasileira sofre”, disse.

Transição energética

Que o Brasil é um grande player no cenário da transição energética global, isso não é novidade. Mas as inovações regulatórias feitas nos últimos anos têm evidenciado a capacidade brasileira de atrair novos negócios. Um exemplo disso são os data centers

No último mês, o governo editou a Medida Provisória do Redata, que institui o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center. O programa oferece incentivos fiscais para atrair investimentos para a construção de centros de processamento e armazenamento de dados no Brasil, criando contrapartidas como investimento em pesquisa, desenvolvimento e sustentabilidade. 

Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida apenas reforça o exemplo brasileiro na transição energética. “Pelas nossas potencialidades e pelo que construímos e fortalecemos nos últimos anos, o Brasil se coloca com infraestrutura suficiente e com energia limpa e renovável. […] Estamos preocupados que estes investimentos gerem efetivamente frutos e resultados, e não sejam apenas pontos de armazenamento de informações para outras nações. Queremos que eles gerem emprego e renda, por isso também estamos garantindo conteúdo local”, defendeu o ministro.

A nova Belém

Pela primeira vez sediando um evento internacional deste porte, a capital paraense esteve, nos últimos meses, no centro de questionamentos quanto à capacidade para hospedar a COP30. Mas para o ministro do Turismo, Celso Sabino, o evento apenas reforçará a relevância da região Norte na agenda econômica sustentável do País. 

“Nunca a cidade de Belém foi tão mencionada como nos últimos meses. O mundo todo só fala em Belém. […] A Amazônia é muito mais do que uma foto de satélite”, declarou.

O prefeito da cidade, Igor Normando, reforçou o marco histórico: “Nós sempre pensamos a COP 30 para além do evento. Pensamos no legado que vai ficar para a nossa cidade”.

Sediar o evento no Brasil, portanto, será uma vitrine de bons exemplos das soluções encontradas pelas diferentes atividades econômicas. “A COP será uma oportunidade para mostrarmos ao mundo o que é uma mineradora que faz as coisas pensando no ecossistema, na descarbonização e na sociedade”, disse Rachel Maia, conselheira de administração da Vale.

Somos parceiros da Esfera BR, uma iniciativa independente e apartidária que fomenta o pensamento e o diálogo sobre o Brasil, um think tank que reúne empresários, empreendedores e a classe produtiva. Todas as opiniões aqui apresentadas são dos participantes do evento. O nosso posicionamento nesta iniciativa é o de ouvir todos os lados, neutro e não partidário.

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Macro Day 2025

Macro Day 2025

(Tempo de leitura: 15 minutos)

O que você precisa saber:
Nesta segunda-feira (22), aconteceu o Macro Day, evento realizado pelo BTG Pactual que reuniu diversas figuras importantes dos cenários político e econômico, como Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, Arthur Lira e Michel Temer, além de outras personalidades políticas e empresariais.


Confira a seguir um overview do evento:

Cenário Econômico

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu sua participação no evento com uma apresentação de slides que trouxe números históricos da economia brasileira. O gesto marcou o tom de sua fala: um balanço de gestão e uma avaliação crítica das escolhas recentes que impactaram as contas públicas.

Haddad destacou que parte dos gastos atuais do governo — equivalente a 0,5 ponto percentual do PIB — foi herdada ainda em 2021, durante a gestão anterior. Outro ponto de crítica foi a chamada “Tese do Século”, decisão que retirou o PIS/Cofins da base de cálculo do ICMS. O ministro atribuiu a essa mudança uma perda de arrecadação estimada em R$ 1 trilhão, reforçando o impacto estrutural nas finanças públicas.

Em sua fala, Haddad defendeu o arcabouço fiscal como a melhor norma disponível para disciplinar as contas públicas. Para ele, fortalecer o modelo passa pela construção de condições políticas que permitam maior diálogo com o Congresso, além do combate a “desperdícios”.

O ministro também fez questão de pontuar que sua gestão deixará um legado relevante para os próximos governos e o país. “Se erramos ou acertamos, a história vai dizer. Mas tudo foi feito com muita tenacidade, com muita vontade. O trabalho não está completo, sempre haverá tarefa pela frente”, afirmou. Em certos momentos, o discurso assumiu um tom de despedida, sugerindo um balanço pessoal de sua passagem pela pasta.

Ao comentar sobre a condução da política monetária, Haddad avaliou que a transição no Banco Central em 2024 foi “difícil” e contribuiu para a elevação dos juros no período. Ainda assim, reconheceu que a taxa de juros no Brasil é resultado de múltiplos fatores, entre eles a questão fiscal, mas não exclusivamente determinada por ela.

Caminhos para o desenvolvimento da Infraestrutura

O ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou o avanço das concessões realizadas pelo governo atual. Comparou o desempenho com a gestão anterior ao destacar que a atual administração já soma 35 concessões. Segundo ele, em 2026 deverão ser feitas entre 10 e 15 novas concessões rodoviárias, reforçando a continuidade da agenda de infraestrutura.

Renan Filho destacou ainda o conjunto de leilões realizados e afirmou que o Brasil possui hoje uma agenda de concessões reconhecida internacionalmente, capaz de atrair investimentos relevantes. Em sua fala, também mencionou diversas obras de infraestrutura em andamento, que, segundo ele, reforçam a importância estratégica desse movimento para o desenvolvimento do país.

Já o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também trouxe sua perspectiva sobre o tema das concessões. Ele recordou que o melhor momento nesse campo havia sido em 2004, durante o governo Lula, e ressaltou que 2024 voltou a marcar um período de destaque. O comentário foi feito em resposta às críticas de que o atual governo não apoiaria a agenda de concessões, reforçando que os resultados recentes contradizem essa percepção. Além disso, também falou sobre a possibilidade de concessão do Santos Dumont em um futuro próximo.

Congresso Nacional: Desafios e Perspectivas

O presidente da Câmara, Hugo Motta, destacou a necessidade de cautela no atual momento político, defendendo que seja dada a oportunidade para que todas as vozes sejam ouvidas e que a Casa concentre esforços em uma pauta produtiva para o país. Ele lembrou que, mesmo diante de um cenário marcado por dicotomias e pela presença de “pautas tóxicas”, o parlamento tem aprovado projetos relevantes, como o novo marco de licenciamento ambiental e medidas na área de segurança pública.

“É o momento de tirar da frente todas essas pautas tóxicas”, afirmou, ao comentar a PEC da Blindagem e o projeto de anistia. Segundo ele, “ninguém aguenta mais essa discussão” e o Brasil precisa voltar a se debruçar sobre temas estruturais, como a reforma administrativa, o imposto de renda e a segurança pública. Em sua visão, as manifestações recentes — tanto as contrárias quanto as favoráveis à anistia — evidenciam que “a nossa democracia segue mais viva do que nunca”.

Sobre o PL da Anistia, avaliou que se trata de uma “saída política boa para o país e possível dentro das nossas regras legais, reconhecendo o papel de cada um dentro das suas responsabilidades”. “O que a Câmara quer é construir um consenso dentro das regras legais do país. É possível rever algumas penas que o Congresso entende que foram exageradas. Sendo aprovada essa saída pela Câmara e pelo Senado, há condição de o próprio Judiciário fazer uma reinterpretação dessas penalidades e, quem sabe, mandar essas pessoas que estão presas hoje para casa, para distensionar o ambiente”.

Ele adiantou ainda que a proposta de isenção do Imposto de Renda deve ser votada já na próxima semana. Ao avaliar o cenário político para as eleições de 2026, disse enxergar uma esquerda unida em torno da possível reeleição do presidente Lula, impulsionada pela pauta da soberania e pela projeção internacional do governo. Em contrapartida, considerou que a direita está mais desorganizada, uma vez que não está claro qual será a posição de Jair Bolsonaro. Citou nomes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior e Ronaldo Caiado, mas reconheceu que o quadro permanece indefinido. Sua expectativa é de que o país caminhe novamente para uma disputa polarizada, como em 2022, embora exista uma “fadiga” do eleitor que não se identifica nem com a direita nem com a esquerda diante dessa dicotomia.

Questionado sobre seu próprio posicionamento, afirmou ser “um homem de partido” e que aguardará a decisão de sua legenda antes de se manifestar. Destacou ainda que, por ser da Paraíba — estado em que Lula venceu com ampla vantagem em 2022 — e ao mesmo tempo filiado ao partido de Tarcísio, precisa manter cautela. “Se eu externo minha posição política, acabo atrapalhando o meu dia”, concluiu.

Perspectivas Macroeconômicas

Eduardo Loyo, sócio do BTG Pactual, avaliou que há hoje mecanismos de pressão do Executivo sobre o Federal Reserve, mas ponderou que o noticiário tende a dar a impressão de que essa interferência é maior do que de fato ocorre. Para ele, não se trata de um Fed excessivamente rígido que precisasse de pressões mais duras. Loyo lembrou que, no ano passado, a instituição adotou uma postura considerada dovish ao cortar juros, movimento que reforça sua visão de que o banco central norte-americano já possui, por natureza, uma inclinação menos restritiva, sem necessidade de influências externas.

Na sequência, Mansueto Almeida, sócio e economista-chefe do BTG Pactual, trouxe sua preocupação com o quadro fiscal brasileiro. Ele afirmou que, a partir de 2027, qualquer governo terá de enfrentar cortes em despesas obrigatórias para garantir o equilíbrio das contas públicas. Estimou que será preciso realizar um ajuste de cerca de R$ 250 bilhões para corrigir a trajetória da dívida, sinalizando a urgência de medidas estruturais nesse campo.

Para Mansueto, mesmo reformas como a administrativa não seriam suficientes para corrigir as distorções nos gastos públicos, reforçando a necessidade de uma agenda mais ampla de ajustes.

O debate contou também com a participação de Tiago Berriel, sócio e estrategista-chefe do BTG Pactual, que se mostrou cético em relação ao efeito do atual ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. Ele avaliou que o Fed poderá ir além de dois cortes adicionais na taxa de juros, mas levantou dúvidas sobre a real eficácia dessa flexibilização. “Eu seria mais cauteloso”, disse.

Política Monetária e Economia Global

Roger Ferguson, Executive Chairman da Andalusian Credit Partners e ex-vice-chairman do Federal Reserve, abordou as incertezas em torno da política tarifária de Donald Trump e da condução da política fiscal nos Estados Unidos. Ele observou que há sinais de que a política econômica norte-americana tem se mostrado restritiva, destacando como evidência o crescimento abaixo do potencial da economia.

Questionado sobre a possibilidade de dois novos cortes de juros, Ferguson ressaltou que o mercado tem absorvido essa expectativa, mas que nem o Fed nem Jerome Powell têm endossado essa visão de forma explícita. Reforçou ainda que cada decisão de política monetária será tomada de maneira independente em cada reunião, avaliando positivamente a atuação recente do banco central, ainda que o futuro permaneça incerto.

Em sua análise, Ferguson destacou também que os mercados consideram a independência do Federal Reserve um pilar fundamental, a ponto de acreditar que eventuais questionamentos a esse princípio seriam resolvidos pelas próprias cortes americanas. Por essa razão, afirmou, não há precificação relevante de riscos à autonomia da instituição.

Outlook de Grandes Gestores

André Jakurski, sócio-fundador da JGP, avaliou que Jerome Powell tem buscado não confrontar diretamente Donald Trump e, por isso, já iniciou o processo de cortes de juros nos Estados Unidos. Para ele, novas reduções — possivelmente uma ou duas ainda neste ano — devem ocorrer. Em relação ao Brasil, Jakurski afirmou considerar insustentável o atual nível da taxa de juros, que, em sua visão, terá de cair. Também projetou para o próximo ano um incentivo adicional para cortes, aliado a uma provável expansão fiscal já a partir do mês que vem.

Luís Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, destacou a trajetória do dólar em 2024. Lembrou que, embora esteja se desvalorizando ao longo do ano, a moeda partiu de uma máxima histórica e ainda não retornou sequer ao seu preço médio de longo prazo. Ele reforçou, nesse contexto, a relevância da política fiscal norte-americana como elemento central para a condução da economia global.

Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, apontou que a redução dos juros pelo Fed reflete a fraqueza crescente do mercado de trabalho nos Estados Unidos, processo que, segundo ele, vem se intensificando nos últimos dois anos. Considerou esse movimento preocupante, especialmente diante do quadro de desaceleração da atividade econômica global.

Ao analisar o cenário doméstico, reforçou que será inevitável um ajuste fiscal no início de 2027, independentemente de quem esteja na Presidência. Destacou que a política monetária hiperapertada tem promovido uma desinflação relevante, mas avaliou que a economia brasileira já está em processo de desaceleração. Quanto ao cenário político, previu eleições muito disputadas no próximo ano, com incerteza quanto ao vencedor até a reta final. Reconheceu o empenho do ministro Fernando Haddad em ajustar o orçamento, mas alertou que as pressões políticas previstas para 2026 terão um custo elevado, caso o país não realize um ajuste efetivo a partir de 2027.

Reflexões de Ex-Presidentes da Câmara dos Deputados

O ex-presidente Michel Temer destacou em sua fala a ausência de diálogo no Brasil contemporâneo, tanto entre pessoas quanto entre instituições. Disse desprezar os conceitos tradicionais de esquerda, direita e centro, que, segundo ele, ficaram ultrapassados desde a queda do Muro de Berlim. Para Temer, o que realmente importa à população é o resultado concreto de quem governa. Ressaltou que falta ao país uma cultura de maior abertura ao diálogo.

Em sua visão, deveria ter havido uma tentativa de aproximação direta entre Lula e Donald Trump. Disse acreditar que Donald Trump atenderia a um telefonema, mas que, ainda que não fosse bem-sucedido, o simples gesto já mostraria ao povo brasileiro uma disposição de diálogo. Ao final, afirmou que “o maior cabo eleitoral do presidente Lula é o presidente Trump e aqueles que foram aos EUA para criar problemas aqui para o Brasil”.

Arthur Lira, deputado federal e ex-presidente da Câmara, avaliou que o atual momento em Brasília é marcado por cautela e dificuldade de articulação política, o que trava avanços em pautas relevantes. Segundo ele, não se trata de diferenças ideológicas, mas da falta de sinergia entre Executivo e Congresso. Lembrou que o atual governo recebeu do Legislativo, ainda antes da posse, a aprovação de uma PEC de transição que possibilitou a implementação de medidas logo no início do mandato, mas que, desde então, essa dinâmica não se manteve. Como exemplo, citou a questão do IOF, em que o governo acabou se apoiando no Supremo diante da falta de articulação parlamentar.

Lira comentou ainda sobre o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, afirmando que a proposta “traz justiça tributária”, mas antecipando um debate intenso em torno do tema.

Rodrigo Maia, também ex-presidente da Câmara e atualmente presidente da Fin, criticou a atuação da oposição, avaliando que sua desorganização acabou fortalecendo o governo Lula. “Só assim para o Lula voltar para o jogo”, disse, ressaltando que o presidente se beneficiou da estratégia equivocada da extrema-direita.

Ao projetar as eleições de 2026, Maia afirmou acreditar em uma candidatura de Lula, que classificou como conservadora e representativa do passado. Do outro lado, apontou o governador Tarcísio de Freitas como um nome competitivo, capaz de unir apoios no campo da direita. Em sua visão, caso Tarcísio consiga se desvincular da rejeição de Jair Bolsonaro, a disputa poderá ser bastante equilibrada e menos tensa.

Este conteúdo é produzido pela PORTOFINO MULTI FAMILY OFFICE e fomenta o diálogo sobre a política e o empresariado brasileiro. A nossa opinião é neutra e não é partidária.

Como identificar um golpe digital? Fique de olho nestes sinais de alerta!

Como identificar um golpe digital? Fique de olho nestes sinais de alerta!

(Tempo de leitura: 3 minutos)

O que você precisa saber:
– WhatsApp, SMS, e-mail e ligações são alguns dos golpes mais comuns;
– Erros de português, urgência e pressão são alguns sinais de alerta.


Golpe do WhatsApp Clonado

  • Um golpista se passa por você, pedindo dinheiro emprestado para seus contatos.
  • Dica: Ative a verificação em duas etapas no seu WhatsApp e sempre ligue para a pessoa antes de fazer qualquer transferência.

Golpe do Boleto Falso

  • Você recebe um boleto por e-mail ou mensagem, mas ele foi adulterado.
  • Dica: Sempre verifique o nome do beneficiário e o CNPJ antes de pagar.

O Famoso “Phishing”

  • E-mails, SMS ou mensagens que parecem de empresas conhecidas, mas usam links falsos para roubar seus dados.
  • Dica: Nunca clique em links suspeitos. Acesse o site oficial diretamente.

Golpes telefônicos

  • Ligações em que o golpista se apresenta como funcionário de banco ou empresa, pedindo senhas, tokens ou códigos de acesso.
  • Ofertas falsas de investimentos com promessas de ganhos rápidos.

Portanto, fique de olho!

  • Erros de português
    Mensagens de supostas empresas sérias, mas cheias de erros de digitação e gramática.
  • Urgência e pressão
    O golpista cria um senso de emergência para que você não tenha tempo de pensar.
    Exemplo: “Se não resolver, sua conta será bloqueada!”
  • Desconfie de prêmios, heranças, investimentos ou descontos que parecem bons demais para ser verdade.
  • Nunca compartilhe senhas, códigos ou dados de cartão.

Em caso de suspeita

  • Interrompa o contato imediatamente
  • Registre ocorrência junto às autoridades competentes
  • Fale com o seu contato de confiança na instituição financeira

Fique seguro!

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Esfera Brasil | Sustentabilidade das contas públicas deve ser prioridade

Esfera Brasil | Sustentabilidade das contas públicas deve ser prioridade

(Tempo de leitura: 5 minutos)

O que você precisa saber:
Em encontro da Esfera Brasil, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão defendeu que a sustentabilidade das contas públicas seja prioridade.


Por Esfera Brasil

O ex-vice-presidente da República e atualmente senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) avaliou que a direita brasileira tem grandes chances de vitória na corrida presidencial de 2026, citando os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS), como bons candidatos.

“Temos toda uma possibilidade do grupo de direita sair vitorioso. Temos gente capacitada, gestores provados. E temos um governo do presidente Lula, que ainda está preso no início dos anos 2000, e já estamos em 2025”, afirmou durante encontro na Casa ParlaMento na quarta-feira (10).

O parlamentar afirmou que o candidato a ser eleito terá trabalho longo e urgente com foco principalmente em medidas fiscais, a fim de reverter o cenário de vulnerabilidade para as contas públicas nos próximos anos.

“Quem foi eleito ano que vem vai ter que executar ao longo dos próximos quatro anos uma política de ajuste draconiana. Não tem como, independentemente se o atual presidente for reeleito ou se o alguém do nosso campo vencer a eleição, vai ter que tomar essa atitude”.

Tarifaço

Membro da comissão mista que analisa o texto da Medida Provisória do Plano Brasil Soberano (MP 1309/2025), o senador também fez breve análise sobre o fenômeno do tarifaço. Ele faz uma leitura de que o Brasil representa pilares como o pacto de gerações, a democracia, o capitalismo, e o estado de direito. Contudo, o governo petista tem se utilizado desses valores para ideologizar as relações internacionais. 

“O que ocorre é que o governo do presidente Lula tem uma visão ideológica dessa relação. Não pode ser assim. Temos que atuar com pragmatismo e flexibilidade”, declarou.

Para Mourão, a relação institucional entre Brasil e Estados Unidos foi marcada por uma série de equívocos desde o início do mandato de Donald Trump. Ele citou a recusa do presidente Lula em se comunicar com o presidente norte-americano após o resultado das eleições americanas, postura que se manteve na gestão da crise das tarifas.

“O governo tem que perder a soberba, o presidente da República tem que passar a mão no telefone e ligar para o presidente Trump”, defendeu.

Ainda, no diagnóstico do senador, o plano traçado pelo governo brasileiro para socorrer as empresas afetadas é “paliativo”. Além de ser avaliada como insuficiente para a manutenção dos padrões da operação dos setores afetados, o pacote também conta com a estratégia de deixar o crédito extraordinário de fora do arcabouço.

Forças Armadas na política

Questionado sobre a participação das Forças Armadas na composição política, Mourão avaliou que hoje o país encara de forma mais madura a presença de militares em cargos públicos. O senador, que também é general da reserva do Exército brasileiro, descreve que a história da democracia brasileira foi marcada por episódios em que foi necessário que o Executivo colocasse limites claros, separando a política dos quartéis.

“Não há essa entrada da política dentro da força, porque se a política entra no quartel pela porta da frente, a disciplina e hierarquia se evadem pela porta dos fundos”, concluiu.

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Esfera Brasil | Saúde fiscal não é apenas uma questão contábil

Esfera Brasil | Saúde fiscal não é apenas uma questão contábil

(Tempo de leitura: 5 minutos)

O que você precisa saber:
O equilíbrio fiscal é a base para garantir serviços públicos, atrair investimentos e dar segurança à população e ao setor produtivo. Em Mato Grosso, o ajuste iniciado em 2019 permitiu retomar obras, gerar empregos e melhorar indicadores sociais, mostrando que boa gestão começa pelas finanças.


Por Mauro Mendes, governador do Estado de Mato Grosso

“O orçamento é o coração do governo. Quem governa mal as contas, governa mal o povo” (Ulysses Guimarães). Essa frase, dita há décadas, é mais atual do que nunca. Nenhum governo consegue entregar políticas públicas de verdade se não tiver suas contas em ordem. Saúde fiscal não é apenas uma questão contábil. É o ponto de partida para garantir o básico: salários em dia, investimentos estruturantes, credibilidade institucional e respeito ao cidadão.

Quando um estado ou país perde o controle do seu orçamento, o efeito é imediato: fornecedores não recebem, serviços travam, obras param e o investidor privado recua. Ninguém aplica dinheiro onde impera a instabilidade, onde há risco constante de aumento de impostos ou mudanças abruptas de regras. A desorganização fiscal vira sinônimo de insegurança.

Por isso, defendo com firmeza que o equilíbrio fiscal seja tratado como prioridade absoluta em qualquer esfera de governo. Isso vale para municípios, estados e, principalmente, para a União, que tem registrado déficits bilionários nas contas primárias e já recebeu alerta do Tribunal de Contas da União de uma “quebradeira geral” em 2027.

Em Mato Grosso, enfrentamos essa realidade logo no início da primeira gestão, em 2019. Pegamos um estado quebrado, com salários atrasados e rombos acumulados. Optamos por fazer o que precisava ser feito: um ajuste fiscal duro, responsável e necessário. Cortamos gastos, reorganizamos contratos, acabamos com desperdícios e colocamos as finanças em ordem.

O resultado disso foi a recuperação da capacidade de investimento. Com as contas organizadas, conseguimos investir ano após ano quase 20% da receita em obras e serviços públicos, bem acima da média nacional. E não foi só isso: criamos um ambiente confiável para o setor produtivo, que passou a investir, gerar empregos e movimentar a economia do estado.

Um exemplo claro dessa combinação de responsabilidade e ação foi a solução para a BR-163, uma rodovia federal que estava há anos no abandono. O Governo do Estado pegou o problema para si, comprou a concessão e hoje executa a maior obra rodoviária do País, com mais de 100 quilômetros de duplicação já entregues e outros 130 previstos até o final do ano. A duplicação, prevista para terminar em oito anos, será feita em quatro.

Essa trajetória mostra que é possível, sim, aliar responsabilidade fiscal com entregas concretas que beneficiam diretamente o cidadão. E mais do que isso: mostra que boa gestão começa pelas finanças. Antes de pensar em grandes projetos, é preciso garantir que o caixa suporte as ideias.

Governo bom não é o que promete. É o que entrega para a população. E só entrega quem tem responsabilidade com o dinheiro público, sabe o que fazer, planeja e toma coragem para fazer. Essa é a escolha que fizemos em Mato Grosso. E que o Brasil precisa fazer com urgência.

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Esfera Brasil | Tarcísio: Brasil precisa perseguir o ‘40 anos em 4’

Esfera Brasil | Tarcísio: Brasil precisa perseguir o ‘40 anos em 4’

(Tempo de leitura: 6 minutos)

O que você precisa saber:
Nesta semana, aconteceu a terceira edição do Seminário Brasil Hoje, com a presença de grandes nomes, como Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, Ciro Nogueira, entre outros.


Por Esfera Brasil

Empresários, especialistas e líderes políticos deram o tom dos debates no próximo ano: a agenda desenvolvimentista precisa ser retomada. Com a presença de governadores, ex-presidentes e lideranças partidárias, a terceira edição do Seminário Brasil Hoje, realizada pela Esfera Brasil, nesta segunda-feira, 25, mergulhou nos temas mais urgentes para o Brasil atualmente — cenário eleitoral, regulação das redes sociais, fortalecimento das agências reguladoras, além de temas recorrentes, como economia e inovação.

Cotado como possível nome da centro-direita para disputar a Presidência em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, refletiu sobre a relevância de se estabelecer um projeto de País que tenha como preocupação central a agenda de desenvolvimento econômico e social. Ele aponta que a agenda fiscal, a desindexação de despesas do orçamento público e a harmonia entre os Três Poderes serão pontos-chave a serem enfrentados pelo próximo governo eleito. 

Questionado pelo presidente do Partido Progressistas, Ciro Nogueira, sobre um lema para o próximo pleito, Tarcísio fez referência ao ex-presidente Juscelino Kubitschek e declarou que o Brasil precisa perseguir o “40 anos em 4”. Ainda, ponderou a necessidade do Brasil deixar a agenda eleitoral de lado e começar a discutir um projeto de País: “A gente não pode pensar só em eleição, a gente tem que pensar em geração”.

“Esse cara [JK] impulsionou a indústria, interiorizou e construiu o Brasil. Ele construiu uma cidade, que hoje é a nossa capital, em três anos. Então, um líder disruptivo, uma pessoa que pensou o futuro, que implantou bases para a gente dar um salto subsequente. Não sei qual vai ser o lema de um novo governo, mas eu sei que a gente precisa fazer pelo menos 40 anos em 4. Isso está muito claro”, declarou o governador por fim.

Partidos no tabuleiro de 2026

O posicionamento foi endossado por lideranças partidárias presentes que defenderam, além de um projeto de País, a importância da integração com o setor produtivo e da harmonia entre os Três Poderes, de modo a garantir melhor governabilidade do País.

Para o presidente do PSD, Gilberto Kassab, o próximo pleito eleitoral será sobre encontrar uma liderança capaz de unir a política nacional. “O Brasil precisa fazer o que fez o Chile uns anos atrás, que é a famosa concertação política entre o Poder Judiciário, Legislativo e Executivo. Existe muita tensão. Não é hora de você acirrar os ânimos, de promover enfrentamentos. É hora de encontrar um líder que possa ser respeitado pela esquerda e pela direita”, analisou. 

Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apontou que segue com o ex-presidente Jair Bolsonaro o poder da definição dos rumos da direita no próximo ano. Apesar dos recentes desdobramentos judiciais, Costa Neto diz que o partido ainda tem “esperança que Bolsonaro possa ser candidato”. Ele também compartilhou as pesquisas da sigla, que apontam a capacidade de 30% de transferência de votos do ex-presidente para outro possível candidato.

A Federação União Progressista, oficializada neste mês pelo União Brasil e o PP,  já firmou sua posição na composição de chapa presidencial. Ainda assim, o novo grupo político busca aliados no empresariado para consolidar a campanha nacional, contra uma possível candidatura à reeleição do presidente Lula.  

“A Federação União Progressista nasce com uma força muito grande. São 16 pré-candidatos a governos estaduais, mais de 26 candidatos ao Senado. E chapas completas para deputados federais e deputados estaduais. Não tenha dúvida de que a federação estará na chapa majoritária. Temos uma força que pende para o governador Ronaldo Caiado e também para a senadora Tereza Cristina”, disse Antonio de Rueda.

Mesmo com o adiantamento do processo eleitoral, os rumos do MDB serão definidos apenas no início do próximo ano, avaliou o presidente Baleia Rossi. Apesar disso, o partido já trabalha na elaboração de um projeto político para nortear as decisões da pré-campanha.  “Nós estamos preparando um documento-projeto para apresentar em outubro, em Brasília, que é o que o MDB pensa sobre os pontos mais importantes do País. E, a partir daí, nós vamos discutir eleições“, afirmou.

Despesa e sustentabilidade fiscal

Mais uma vez, a preocupação fiscal retornou ao centro das discussões do cenário brasileiro. Lideranças empresariais e especialistas discorreram sobre a necessidade de se reavaliar as prioridades das despesas do Estado brasileiro, com olhares voltados para a redução de gastos, a eficiência e a qualidade das políticas públicas. 

“O governo é grande demais, gasta demais”, afirmou o vice-chairman e chefe global de Políticas Públicas do Nubank, Roberto Campos Neto, que também é ex-presidente do Banco Central. Ele defende que o País tenha coragem para olhar para a estrutura do Estado e propor uma redução das despesas públicas.

A visão reverbera também em representantes do mercado. Para Isaac Sydney, presidente da Febraban, o Brasil precisa de um “freio de arrumação”. “Ou fazemos um freio de arrumação ou vai se tornar insustentável a trajetória da dívida. Não adianta olhar para o governo de plantão ou para o Congresso de plantão. Precisamos também da sociedade e do empresariado, que se vale de uma série de renúncias fiscais”, disse.

O economista Marcos Lisboa ponderou um meio-termo: “Vamos enfrentar o problema não no estado do bem-estar, mas nos vazamentos do Estado, capturado pelos interesses rentistas do setor privado. Não seria uma boa maneira de começar uma discussão?”.

Censura x regulamentação

A regulamentação das plataformas digitais foi tema de um dos painéis, composto por parlamentares atuantes na defesa do assunto. Os avanços mais recentes com o tema no Congresso vieram na forma do projeto de lei que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Digital, aprovado na Câmara na semana passada. A discussão abriu espaço para uma nova tentativa de regulamentar as plataformas digitais antes das eleições, matéria que já é gestada no Planalto.

Para o senador Alessandro Vieira, autor do projeto que cria o ECA Digital, o Congresso ainda precisa avançar no nível das discussões e despolarizar o tema: “É preciso compreender o que é o ambiente digital, e entender que ele não é isento ou democrático é um passo fundamental”.

O posicionamento foi endossado por parlamentares da base governista presentes no evento. Segundo o deputado federal Guilherme Boulos, é necessário assegurar o respeito às legislações dos países também no ambiente digital, de forma a coibir práticas criminosas.

“Transformar o debate de regulação das redes sociais em um tema de censura é ignorar a legislação existente sobre radiodifusão. […] Ninguém está propondo um polígrafo digital para saber o que é verdade ou mentira. O que está se propondo é que o ambiente digital não seja livre para o cometimento de crimes”, defendeu Boulos.

Orlando Silva, deputado federal e relator da proposta — inicialmente tramitada no Legislativo —, pondera que, diferentemente da narrativa de opositores, somente a regulamentação de redes sociais garantiria o exercício pleno da liberdade de expressão.

“A ideia de ambiente digital separado de ambiente real é cada vez mais tênue. E por isso é importante preservarmos a esfera pública do debate. Regulação das plataformas digitais só faz sentido se for para garantir a liberdade de expressão”, comentou.

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