Peças do motor histórico de Senna serão leiloadas pela Honda

Peças do motor histórico de Senna serão leiloadas pela Honda

(Tempo de leitura: 4 minutos)

O que você precisa saber:
O motor usado por Ayrton Senna em 1990 será leiloado pela Honda para marcar a estreia da unidade de venda de memorabilia marca.


Há motores que apenas movem carros. E há motores que movem histórias.

A Honda vai leiloar peças originais do motor que impulsionou Ayrton Senna rumo ao seu bicampeonato mundial, durante o Monterey Car Week, na Califórnia. Mas isso vai muito além de um leilão. É imaginar o som cortante daquele motor V10 rasgando as retas, o volante firme nas mãos de um piloto que parecia guiar com a alma. É, de certa forma, poder tocar um pedaço real de uma lenda. Um fragmento físico de uma época em que o talento era mais veloz do que qualquer telemetria, e Senna fazia o impossível parecer rotina.

Esse momento marca também a estreia da unidade de venda de memorabilia da Honda, e não poderia começar com algo mais simbólico: o histórico motor RA100E. A desmontagem foi realizada com precisão quase cerimonial por mecânicos qualificados na fábrica da Honda em Sakura City, no Japão — alguns dos mesmos que, décadas atrás, montaram esses corações mecânicos que hoje fazem parte da história.

E como se não bastasse o peso da memória, cada peça — eixos de comando, tampas, pistões, bielas — foi cuidadosamente preservada e apresentada em caixas de exposição, cada uma acompanhada de um certificado original de autenticidade da HRC (Honda Racing).

mclaren em exposição

Esse motor foi instalado na lendária McLaren-Honda MP4/5B de Ayrton Senna e entrou em ação nos treinos do GP do Japão e na corrida da Austrália, em 1990. No Japão, foi com ele que Senna garantiu a pole position. Foi também nesse circuito que aconteceu um dos momentos mais controversos — e simbólicos — da Fórmula 1: o choque com Alain Prost logo na primeira curva, que selou, ali mesmo, o segundo título mundial do brasileiro.

Dali, Senna, Honda e McLaren seguiram para Adelaide, na Austrália. Lá, esse mesmo motor — o RA100E-V805 — voltou ao carro do brasileiro, desta vez na corrida que encerrou a temporada. Foi o último motor Honda V10 que ele pilotou. E, como se soubesse que seu papel já estava cumprido, foi deixado intacto, sem precisar ser desmontado para estudos, já que a Honda preparava seu novo V12. Desde então, ficou em silêncio, guardado no depósito da marca — até ser redescoberto no ano passado.

Mais do que um leilão, essa é uma chance rara de reviver uma era do automobilismo que está na memória dos fãs de velocidade.  É escutar, mesmo que em silêncio, a trilha sonora das vitórias — a sinfonia de um V10 ecoando por Suzuka, Mônaco e Interlagos. É um convite a mergulhar na era dourada da velocidade, quando Senna, Honda e McLaren formavam uma tríade quase divina. Uma ode à engenharia, à paixão sobre rodas — e ao espírito eterno de um piloto que virou lenda.

Quer saber como participar do leilão e ver mais informações? Clique aqui.

Meditação Transcendental: bem-estar transformador para o corpo e mente

Meditação Transcendental: bem-estar transformador para o corpo e mente

(Tempo de leitura: 6 minutos)

O que você precisa saber:
Meditação Transcendental é uma prática que está ganhando muito destaque, sendo praticada por grandes líderes mundiais, uma técnica simples e altamente eficaz.


Cuidar do corpo, da mente e das emoções é mais do que uma escolha de bem-estar — é uma estratégia de longevidade e performance. Entre as práticas que vêm ganhando destaque entre líderes, atletas e grandes investidores, está a Meditação Transcendental (MT): uma técnica simples e altamente eficaz que promove um estado profundo de relaxamento e clareza mental.

Trata-se de um método que utiliza a repetição de um mantra específico com o objetivo de conduzir a mente a um estado de “vigilância tranquila” — um nível profundo de descanso consciente, que vai além da meditação convencional.

A técnica foi desenvolvida no final da década de 1950 por Maharishi Mahesh Yogi, físico indiano e renomado estudioso da filosofia védica. A Meditação Transcendental se popularizou rapidamente nos anos de 60 e 70, período em que celebridades como The Beatles relataram experiências transformadoras com a prática.

Desde então, a MT passou a ser estudada em profundidade pelas principais universidades europeias e americanas, consolidando-se como uma técnica com benefícios cientificamente comprovados. Entre os principais efeitos positivos associados à prática da Meditação Transcendental, destacam-se:

  • Redução significativa do estresse e da ansiedade
  • Melhora da qualidade do sono e da capacidade de concentração
  • Aumento de clareza mental, foco e criatividade
  • Fortalecimento do sistema imunológico
  • Diminuição de sintomas de depressão

Estudos em andamento também indicam avanços promissores no fortalecimento do sistema cardiovascular e na redução de sintomas relacionados ao TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), além de melhorias na conectividade cerebral e no tempo de resposta cognitiva.

Atualmente, a MT já faz parte da rotina de diversos nomes de destaque nas artes, nos esportes e no mercado financeiro, como:

  • Tom Hanks
  • Oprah Winfrey
  • Paul McCartney
  • Lady Gaga
  • Ray Dalio
  • LeBron James
  • Novak Djokovic
  • Carli Lloyd

Esses personalidades reconhecem na meditação uma ferramenta poderosa para manter o equilíbrio, a produtividade e o autocontrole diante de agendas intensas e decisões complexas.

No Dia Nacional da Saúde – e sempre -, vale refletir: quanto do seu cuidado está voltado para o que não se vê? Silenciar a mente, desacelerar e reconectar-se consigo mesmo pode ser o primeiro passo para uma rotina mais leve, mais inteligente e mais eficaz.

Como resume Maharishi Mahesh Yogi:
“Meditação Transcendental é algo que pode ser definido como um meio de fazer o que se quer de uma maneira melhor, da maneira correta, para obter os melhores resultados. É um programa em que a mente começa a vivenciar suas próprias impressões mais sutis, seus pensamentos mais sutis, e então finalmente transcende o pensamento mais refinado. E esse é o nível do que chamam de consciência pura autorreferencial“.

Disney x Universal: a nova era da batalha encantada

Disney x Universal: a nova era da batalha encantada

(Tempo de leitura: 6 minutos)

O que você precisa saber:
Universal inaugura o Epic Universe, seu parque mais ambicioso em 25 anos, intensificando a disputa com a Disney, que responde com um investimento de US$ 30 bilhões na expansão de seus parques. A concorrência entre as gigantes reforça o turismo de experiência em Orlando.


Há uma batalha em curso no coração da Flórida. As armas? Criatividade, tecnologia e a habilidade de emocionar. De um lado, a Disney, com seu império encantado erguido sobre contos de fadas, nostalgia e magia. Do outro, a Universal, com sua energia cinematográfica, adrenalina e mundos que parecem saltar da tela a cada esquina do parque.

O capítulo mais recente dessa história é a inauguração do Epic Universe — o mais ambicioso e o primeiro parque temático da Universal nos Estados Unidos em 25 anos. Foram seis anos de construção e quase US$ 8 bilhões em investimentos para dar vida a uma experiência que promete elevar o padrão da indústria. O novo parque se juntará ao trio já consolidado da Universal em Orlando — Universal Studios Florida, Islands of Adventure e Volcano Bay.

E o nome “épico” não foi escolhido à toa. O parque estreia com cinco áreas temáticas, entre elas a aguardada Super Nintendo World, onde os visitantes poderão literalmente “entrar” no universo de Mario, Luigi e cia. Teremos também a Ilha de Berk, do universo de Como Treinar o Seu Dragão; o misterioso e imersivo Ministério da Magia, que amplia ainda mais o império de Harry Potter nos parques; o exuberante Celestial Park, com jardins e fontes dançantes; e o sombrio Dark Universe, inspirado nos clássicos monstros da Universal, como Frankenstein.

Para completar essa nova dimensão de entretenimento, a Universal está expandindo sua rede de hotéis. A iniciativa é uma aposta na integração total entre hospedagem e experiência — uma estratégia que reforça seu posicionamento como destino completo de férias.

Mas a Disney, é claro, não pretende deixar o bonde passar. Em resposta, a empresa já anunciou um investimento de US$ 30 bilhões para a expansão de seus parques nos Estados Unidos. Entre as promessas estão uma nova área inspirada em Monstros S.A. e uma tão esperada área dos vilões no Disney World. O Magic Kingdom, parque mais visitado do mundo, passará pela maior ampliação de sua história. Além disso, a rede hoteleira da companhia deve saltar de 29 mil para 53 mil quartos nos próximos anos.

A disputa vai além dos mapas dos parques — ela está nos balanços financeiros. Os parques representam hoje quase ⅔ do lucro operacional da Disney. Do outro lado, na Universal, respondem por cerca de 7% da receita, o que ainda significa quase US$ 9 bilhões por ano. Ou seja, para ambas as gigantes, a magia e a emoção têm um valor bem concreto.

Tudo isso acontece em um momento delicado da economia global. Inflação, incertezas e instabilidade colocam pressão sobre o setor de turismo. Mas, curiosamente, os parques temáticos de Orlando seguem na contramão, com o turismo de experiência.

Esse tipo de turismo vai além de apenas visitar um destino — ele busca envolver emocionalmente o visitante, criando conexões sensoriais, afetivas e memoráveis. É o que acontece quando uma criança se vê dentro do castelo da Cinderela, ou quando um fã de cinema caminha pelas ruas do Beco Diagonal. São vivências que marcam, emocionam e criam lembranças que duram muito além da viagem.

E o mercado está respondendo a essa tendência. Após o anúncio do Epic Universe, por exemplo, as reservas de hotéis na região subiram 14%. A explicação pode estar no comportamento dos turistas: mesmo em tempos incertos, as férias em família continuam sendo planejadas com antecedência — e poucos lugares são tão desejados quanto Orlando.

Não por acaso, a região metropolitana da cidade foi o destino mais visitado dos Estados Unidos em 2023. Na época a região movimentou mais de US$ 92 bilhões em impacto econômico. E tanto Disney quanto Universal sabem que essa é uma batalha de longo prazo.

Ainda assim, uma pergunta paira no ar: será que o novo parque da Universal vai desviar visitantes da Disney ou apenas redistribuir o público entre os parques da própria Universal? A professora Carissa Baker, da Universidade da Flórida Central, lembra que o que se viu em momentos parecidos no passado foi uma “canibalização parcial”. Ou seja, muitos visitantes não conseguem passar por todos os parques em uma única viagem, e a chegada de um novo concorrente acaba rearranjando as escolhas dentro da mesma marca.

Enquanto isso, a Disney mostra que seus parques continuam em alta. O diretor financeiro da companhia, Hugh Johnston, afirmou que as reservas de hotéis para o terceiro trimestre fiscal cresceram 4% em relação ao ano anterior, com 80% das noites disponíveis já preenchidas. Para o quarto trimestre, as reservas estão entre 50% e 60% da capacidade — sinal de que o reino mágico ainda reina.

No fim das contas, talvez o verdadeiro vencedor dessa disputa não esteja nos balanços, nem nos gráficos de visitantes, mas no olhar encantado de uma criança ao ver seu personagem favorito ganhar vida — seja ele um bruxo de Hogwarts ou um ratinho com calças vermelhas.

O barril conta histórias que o whisky traduz em sabor

O barril conta histórias que o whisky traduz em sabor

(Tempo de leitura: 3 minutos)

O que você precisa saber:
Mais do que um recipiente, o barril é um personagem essencial na jornada do whisky — moldando aromas, cores e sabores com a sabedoria do tempo e da madeira.


Você pode até pensar que o segredo de um bom whisky está só nos grãos escolhidos a dedo ou no tempo em que ele fica envelhecendo pacientemente. Mas tem um personagem nessa história que, embora muitas vezes fique nos bastidores, rouba a cena quando o assunto é sabor: o barril. É dentro dele que o destilado descansa, respira e, como num ritual silencioso, vai se transformando. A madeira não é só uma casca bonita — ela pinta o líquido com cor, perfume e personalidade.

E não pense que todo barril é igual, não. O tipo de carvalho, o tempo de uso, o que já foi guardado ali antes — como vinho, bourbon ou xerez — e até o clima do lugar onde ele fica guardado, tudo isso influencia o resultado final. Dependendo da combinação, o whisky pode ganhar notas de baunilha, frutas secas, especiarias e até aquele toque defumado que dá um ar misterioso ao gole.

A maioria dos barris usados na produção vem do carvalho, e aqui temos dois protagonistas: o americano e o europeu. O primeiro costuma entregar sabores mais doces, como baunilha e coco. Já o europeu chega chegando, com um perfil mais encorpado, picante e complexo. E o que acontece antes do whisky entrar no barril também conta muito. A madeira passa por um processo de tostagem ou carbonização — uma espécie de “cozinha” da madeira, onde os sabores adormecidos começam a despertar. A tostagem libera açúcares e óleos naturais, resultando em notas mais suaves e caramelizadas. Já a carbonização vai fundo, criando uma camada mais queimada que traz aquele defumado gostoso e marcante.

É curioso pensar que um simples barril pode ter tanto poder de transformação. Mas a verdade é que cada um carrega suas próprias marcas do tempo. Se ele já abrigou bourbon, por exemplo, vai deixar traços de doçura e baunilha no whisky que vier depois. É como se o barril tivesse memória — e essa memória acaba indo parar direto no seu copo, em forma de sabor, aroma e história.

Se você quer se aprofundar nessa história e saber mais sobre como os barris definem o sabor e o aroma do Whisky, clique aqui.

O legado veste Prada (e agora também Versace)

O legado veste Prada (e agora também Versace)

(Tempo de leitura: 6 minutos)

O que você precisa saber:
A compra da Versace pela Prada movimentou o mercado de luxo, mas não somente pelos valores. A aquisição mostra a força do Grupo Prada para manter sua independência e competir com outros grandes conglomerados do mundo.


“Eu, que trabalho com isso, não consigo acompanhar.”

Foi nesse tom descontraído que uma jornalista especializada na cobertura do mercado de moda comentou sobre o nível de loucura que anda rolando nos últimos meses. E, ao que tudo indica, talvez essa seja só a ponta do iceberg. Mas calma: se você está perdido sobre o que estamos falando, respira — eu te guio.

No meio da dança das cadeiras dos cargos de liderança das principais marcas, não é preciso ser estilista ou designer para ter ouvido falar da compra da Versace pela Prada por cerca de US$ 1,38 bilhão — a maior aquisição em 112 anos de história da empresa. Mas o que talvez nem todo mundo saiba é o que está por trás dessa negociação.

Um dos principais motivos? O conceito que dominou as passarelas (e os closets mais exclusivos) nos últimos anos: o quiet luxury. Ou, na tradução literal, o “luxo silencioso”. Aquele estilo de quem não precisa estampar um logo para mostrar que está usando algo caro — porque a verdadeira sofisticação está nos detalhes que só os insiders reconhecem. Um corte impecável, uma textura rara, uma alfaiataria que conversa baixo, mas diz muito. A tendência nasceu logo após a pandemia de Covid-19, onde poderia ser considerado moralmente inaceitável ostentar um estilo de vida que fosse contrário ao período que vivíamos.

A ascensão dessa tendência foi uma das razões para a crise enfrentada pela Versace — marca conhecida pelas estampas exuberantes, cores vibrantes e por navegar, muitas vezes, entre o exagero e a elegância. Nos últimos tempos, o maximalismo que a consagrou nos anos 80 e 90 andava desalinhado com o desejo de discrição do público de alta renda.

Mas como tudo na moda (e nos investimentos também), o ciclo gira. Especialistas apontam que o loud luxury está ressurgindo — com força. Estamos falando de estampa animal, brilho, acessórios maximalistas e muita ousadia. É o glamour dos anos 80 e 2000 batendo à porta. E não adianta torcer o nariz: basta abrir o Instagram para ver o que está voltando com tudo.

Esse movimento também reacende os holofotes sobre os grandes conglomerados de moda. Se LVMH não te soa familiar, talvez Louis Vuitton, Dior, Tiffany & Co. resolvam o mistério. A holding de Bernard Arnault é um império. Assim como a Kering, dona de Gucci, Bottega Veneta, Balenciaga… nomes que não saem da boca — nem do corpo — do público do mercado de luxo. São essas estruturas que ditam não apenas tendências estéticas, mas também estratégias empresariais.

E aí entra a jogada da Prada: ao adquirir a Versace, o grupo ganha musculatura para competir com esses gigantes e, ao mesmo tempo, reforça seu plano de sucessão. A operação dá fôlego para Lorenzo Bertelli, filho de Miuccia Prada e Patrizio Bertelli, assumir o comando com a missão de manter a independência e o DNA da marca. É uma jogada estratégica com raízes sentimentais e olhos bem abertos para o mercado.

É interessante ainda mencionar como as duas marcas vivem momentos distintos. Enquanto a Prada vem de resultados recordes em 2024, com receitas de 5,4 bilhões de euros, um aumento de 17%, a Versace teve uma queda de 15% no faturamento do último trimestre do ano passado, além de recuo nas vendas nas Américas e Ásia.

Nos anos 90, a Prada também tentou assumir o papel de compradora — sem muito sucesso. As dívidas da época deixaram cicatrizes. Mas 30 anos depois, com um novo cenário e aprendizados na bagagem, a expectativa da família é de que agora o desfecho seja diferente.

Enquanto isso, a Versace — que viu sua identidade estremecer na era do quiet — abraça a chance de um recomeço, agora ao lado de uma casa que sabe unir tradição e reinvenção. Até Donatella entrou no clima e declarou: “Estou absolutamente encantada com o fato de a Versace se tornar parte da família Prada”.

No fim das contas, o que está em jogo aqui vai muito além de cifras bilionárias. A união entre Prada e Versace carrega uma expectativa quase cinematográfica. De um lado, uma casa que sempre equilibrou vanguarda e tradição. Do outro, uma marca que é sinônimo de ousadia e personalidade. Juntas, elas prometem um novo capítulo — e o mercado está de olhos bem abertos.

Ainda não sabemos se o resultado será um desfile de acertos ou se haverá tropeços pelo caminho. Mas uma coisa é certa: quando duas potências italianas se unem, o mundo da moda — e também o dos negócios — param para assistir.

O espetáculo do Super Bowl une esporte, negócios e cultura

O espetáculo do Super Bowl une esporte, negócios e cultura

(Tempo de leitura: 5 minutos)

O que você precisa saber:
O domingo de Super Bowl é um dia muito esperado pelos amantes do esporte. Mas o evento não é apenas o jogo: o espetáculo vai muito além da bola oval.


Muito mais do que um jogo de futebol americano: business. É dessa forma que muitas pessoas definem o Super Bowl – a grande final da temporada do futebol americano. E este ano o confronto será entre o atual bicampeão Kansas City Chiefs e o Philadelphia Eagles, no Superdome, estádio do New Orleans Saints, em Louisiana.

Quando falamos em Super Bowl, além do jogo, da estratégia e de quem será campeão, os números que envolvem esse evento também ganham repercussão. E não é à toa que é considerado o maior evento esportivo dos Estados Unidos. A expectativa é que a edição deste ano, a 59ª, bata – novamente – o recorde de audiência, superando as quase 124 milhões de pessoas que assistiram o Kansas City vencer o San Francisco 49ers no jogo do ano passado.

Para esse domingo, há algumas particularidades para que a audiência cresça ainda mais. A primeira delas é que a final deste ano será uma reedição de 2023, quando os Chiefs venceram por 38 a 35. Depois, é que Tom Brady está de volta ao Super Bowl. Mas não é como você está pensando: o maior campeão – são 7 títulos – estará como comentarista na transmissão. E, a terceira, poderemos ver algo inédito: o Kansas City Chiefs busca ser o primeiro time tricampeão seguido. A dominância da equipe é algo pouco visto na história do futebol americano. Sem contar com essa edição, a franquia do Missouri participou de quatro dos últimos cinco Super Bowls, e venceu três deles. A única derrota? Para o Tampa Bay Buccaneers, em 2021, que tinha Tom Brady como quarterback.

Como dito anteriormente, o Super Bowl é um negócio, e não tem ninguém no mundo que saiba transformar seus eventos esportivos em espetáculos tão bem como os americanos. A consequência disso é transformar o comercial do evento no mais caro da indústria. Após ficar congelado em US$ 7 milhões nos últimos anos, o preço do comercial de 30 segundos subiu para US$ 8 milhões, com as principais propagandas sendo relacionadas à inteligência artificial e ao setor farmacêutico.

O Super Bowl também é dos artistas

Além do público fã de NFL (Liga Nacional de Futebol Americano, na tradução em português), o Super Bowl atrai quem também é alheio ao esporte durante a temporada. Isso acontece devido ao show do intervalo, que sempre recebe grandes cantores internacionais. Nesta edição, a responsabilidade de agitar a torcida durante 15 a 20 minutos no intervalo será do rapper Kendrick Lamar, no auge da carreira, que acabou de ser o maior vencedor do Grammy. 

Em geral, o show do intervalo é considerado uma vitrine para os artistas. A grande curiosidade é que os cantores convidados não são pagos pelo show. Apesar da NFL pagar por toda a estrutura do espetáculo, a justificativa para essa política é toda a visibilidade que o evento proporciona aos artistas. 

Para se ter ideia, segundo dados do Apex Marketing Group, após Usher se apresentar no Super Bowl, o cantor faturou cerca de US$ 52 milhões com vendas de ingressos, streams e novos contratos. 

Além das cifras e números, os shows também guardam um lugar afetivo para muitos fãs. Quem não lembra do show de Michael Jackson em 1993, considerado por muitos o maior da história. Ou, recentemente, em 2022, o show que reuniu os principais nomes do rap americano, criando uma nostalgia com o visual e artistas dos anos 90 e início dos 2000.

O Super Bowl, além de ser um marco esportivo, se destaca como um espetáculo cultural e econômico que transcende as quatro linhas do campo. A combinação entre um jogo de alto nível, performances de grandes artistas e a visibilidade sem precedentes para marcas e produtos cria uma experiência única. Mais do que um evento anual, ele se consolidou como um símbolo de entretenimento global, onde a paixão pelo esporte e o poder dos negócios caminham lado a lado, encantando milhões de espectadores em todo o mundo.

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