O que você precisa saber: – A Henry Poole & Co é uma das alfaiatarias com mais tradição do mundo – A tradição familiar da empresa começou há mais de dois séculos – A empresa vestiu celebridades, realeza e líderes
No coração da Savile Row — a própria espinha dorsal da alfaiataria inglesa em Londres — está uma das histórias mais longevas e discretas do universo do luxo. A Henry Poole & Co é a alfaiataria que deu origem ao terno como o conhecemos hoje, um símbolo de tradição, confiabilidade e personalização. Muito antes de o termo “quiet luxury” ganhar espaço, a casa já personificava esse conceito: elegância silenciosa, reconhecida apenas por quem entende.
Fundada em 1806, a casa inglesa representa tudo o que a essência do “bespoke” promete: peças criadas do zero, moldadas às medidas, ao estilo de vida e às expectativas de cada cliente. Nada é padrão. Nada é genérico. Cada traje é o resultado de uma relação de confiança e de um entendimento profundo sobre quem o cliente é e quem ele deseja ser. Um diálogo entre alfaiate e cliente.
A rica história da companhia está repleta de curiosidades e detalhes que nos mostram toda sua relevância na história da alfaiataria mundial.
Conhecendo cada linha da história
James Poole foi quem passou a primeira linha pela agulha, lá em 1806. Logo recebeu o reconhecimento com a loja de tecidos de linho, passando, em 1815, a confeccionar uniformes militares durante a Batalha de Waterloo.
Mantendo a tradição de uma empresa familiar, com a morte de James, seu filho Henry herdou os negócios. O inegável carisma e a paixão pelo mundo aristocrático dos esportes equestres e campestres o transformaram. Costurando relações com naturalidade, sua popularidade cresceu, e ele passou a servir diversas celebridades, realeza e líderes da época, estabelecendo-se como a número 1 em moda.
Imperador Napoleão III
Rainha Vitória
Rei Eduardo VII
Confecção de uniformes oficiais a pedido do Rei George V
Como podemos observar, a Henry Poole & Co atendia praticamente todas as famílias reais europeias. Portanto, não demorou muito para a empresa se tornar a maior alfaiataria do mundo, com mais de 300 alfaiates e 14 cortadores.
Hoje, o edifício vitoriano instalado no número 15 da Savile Row continua atraindo clientes do mundo inteiro em busca daquele raro encontro entre tradição e excelência. Ali, cada peça é lapidada ponto a ponto, como se cada costura guardasse uma história. Uma experiência, um legado, uma identidade.
Na Henry Poole & Co, o luxo é história, continuidade e confiança construída ao longo de gerações. Valores que permanecem tão relevantes hoje quanto eram nos tempos de reis, imperadores e estadistas, que fazem desta casa uma verdadeira referência mundial na arte do feito sob medida.
O que você precisa saber: – Mercedes Gleitze fez história ao ser a primeira mulher britânica a atravessar o Canal da Mancha nadando; – Esse feito também mudou o rumo estratégico da Rolex – assim como de todo o setor de relojoaria; – Quase um ano depois, o relógio usado por Gleitze foi leiloado.
O mundo evolui. Houve um tempo em que os relógios serviam apenas para mostrar as horas — e, quando muito sofisticados, também a data. Hoje, eles fazem de tudo: recebem mensagens, leem e-mails, atendem ligações, configuram alarmes e até monitoram dados de saúde. Saber as horas, ironicamente, virou quase um detalhe.
Mas nem sempre foi assim. Houve uma época em que a grande revolução era ser à prova d’água. Parece outra realidade. E, de fato, era. A inovação foi tão marcante que estampou capas de jornal.
Divulgação/Rolex
Em 1927, Mercedes Gleitze fez história ao ser a primeira mulher britânica a atravessar o Canal da Mancha nadando. Em seu pulso? Um Rolex Oyster, o primeiro relógio de pulso prático à prova d’água do mundo.
Apesar do feito impressionante da nadadora, foi o relógio que roubou os holofotes. Após enfrentar longas horas submerso e condições climáticas extremas, o Oyster permaneceu intacto: preciso, resistente e elegante.
Esse momento marcou o início de uma trajetória que consolidaria a Rolex como referência em relojoaria de alto padrão. E mais do que isso: abriu caminho para uma história de parcerias lendárias no esporte, com nomes como Roger Federer, no tênis, e Jack Nicklaus, no golfe.
Agora, quase um século depois, o relógio foi leiloado no último dia 9.
A história de Mercedes Gleitze foi retratada no filme Vindication Swim. E para saber mais informações, acesse a matéria da Bloomberg Línea.
O que você precisa saber: – Os data centers são estruturas importantíssimas para o avanço da inteligência artificial – Nos últimos 20 anos, a capacidade global de data centers saltou de 21,4 gigawatts (GW) em 2005 para 114 GW em 2025 – Estados Unidos e China concentram cerca de 70% da capacidade total instalada no mundo
No centro da transformação digital, os data centers tornaram-se a espinha dorsal. Eles sustentam a inteligência artificial (IA), as plataformas em nuvem e praticamente todos os serviços digitais que usamos diariamente.
Com o volume de informações crescendo de forma exponencial, surge um novo desafio: manter essas infraestruturas eficientes, seguras e sustentáveis. Hoje, temas como eficiência energética, latência, conectividade e descentralização deixaram de ser questões técnicas para se tornarem decisões estratégicas.
Antes de tudo, o que são os data centers?
De forma simples, são grandes infraestruturas físicas que abrigam milhares de servidores responsáveis por armazenar, processar e distribuir dados.
É dentro deles que acontecem as operações invisíveis que permitem o funcionamento de ferramentas como o ChatGPT, o Gemini e tantas outras aplicações de inteligência artificial que dependem de enormes volumes de informação e poder computacional.
O crescimento exponencial dos data centers
Nos últimos 20 anos, a capacidade global de data centers saltou de 21,4 gigawatts (GW) em 2005 para 114 GW em 2025 — um aumento de mais de cinco vezes. Esse avanço reflete a expansão da computação em nuvem e o impacto direto da IA, que exigem cada vez mais poder de processamento e armazenamento de dados.
Em um mundo onde cada clique, transação e algoritmo geram uma avalanche de informações, os data centers se tornaram o cérebro operacional da era digital.
Um consumo de energia que preocupa
Esse crescimento tem um custo. Hoje, os data centers consomem cerca de 485 terawatts-hora (TWh) de eletricidade por ano — o equivalente a 1,7% da demanda global. E a tendência é de alta: até 2030, o consumo pode chegar a 945 TWh, impulsionado pela IA e pela expansão das infraestruturas digitais.
Diante disso, surge uma pergunta essencial: como equilibrar inovação e sustentabilidade energética?
Apesar das preocupações, a expectativa é de que até 2040 a inteligência artificial seja a responsável por menos de 3% do consumo global de energia. O percentual é menor do que setores como carregamento de veículos elétricos e refrigeração de prédios.
EUA e China dominam o cenário global
Atualmente, Estados Unidos e China concentram cerca de 70% da capacidade total instalada no mundo. Os EUA lideram em inovação e investimentos. Já a China enfrenta um desequilíbrio entre oferta e demanda.
Em 2024, mais de 144 empresas chinesas registraram projetos de grandes modelos de linguagem (LLMs). No entanto, apenas 10% ainda investiam ativamente até o fim do ano, segundo o Economic Observer.
O resultado? Infraestruturas ociosas. Em Zhengzhou, por exemplo, há data centers recém-construídos oferecendo vouchers de computação gratuitos para atrair startups e empresas locais — um retrato do excesso de capacidade frente à demanda real. (Saiba mais na MIT Technology Review)
Sustentabilidade sob os holofotes
Agora, os data centers entram em uma nova fase. Estão no centro dos holofotes, atraindo investimentos e também discussões sobre impacto ambiental.
Além do consumo de energia, a construção dessas estruturas em áreas verdes levanta alertas sobre ocupação territorial e desmatamento. A busca por soluções mais limpas e eficientes — como o uso de energias renováveis e reaproveitamento de calor — se tornou prioridade global.
O Brasil na rota dos grandes investimentos
Nesse contexto, o Brasil desponta como um destino promissor para investimentos em data centers. A digitalização crescente da economia, somada à disponibilidade de energia limpa e abundante, cria condições ideais para o avanço do setor.
Segundo a Aneel, 85% da energia produzida no país vem de fontes renováveis, um grande atrativo para empresas que buscam alinhar tecnologia e sustentabilidade.
De acordo com a Associação Brasileira de Data Centers (ABDC), o Brasil conta com 162 data centers, ocupando a 10ª posição no mercado mundial. E há espaço para crescer: estimativas da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação indicam que o setor deve movimentar US$ 11,4 bilhões até 2026.
Empresas globais já estão de olho. A Alibaba, por exemplo, anunciou planos de expandir sua base global de data centers no Brasil.
Desafios locais
Apesar do otimismo, o país enfrenta obstáculos. A carga tributária elevada, especialmente sobre importação de equipamentos, é uma das barreiras. A infraestrutura elétrica e de conectividade também representa um desafio.
Os parques geradores de energia estão concentrados no Nordeste, longe da maior parte dos data centers, localizados no Sudeste. Mover os data centers para mais perto das fontes renováveis traz outro obstáculo: a falta de fibra óptica suficiente para garantir conectividade de ponta.
Mesmo assim, há avanços importantes. Após a publicação da Política Nacional de Data Centers, em 2025, profissionais do setor relatam maior interesse de empresas estrangeiras em investir no país. (Leia mais no O Globo)
O futuro dos data centers
Com a IA impulsionando a próxima onda de inovação, os data centers se tornam as usinas invisíveis do progresso.
O desafio agora é crescer com equilíbrio: investir em infraestrutura digital, mas com responsabilidade ambiental e eficiência energética. Afinal, a tecnologia do amanhã precisa ser tão inteligente quanto sustentável.
O que você precisa saber: – As notas e avaliação dos vinhos têm o poder de mudar o mercado – Mesmo com a precisão técnica, a subjetividade também faz parte da avaliação – As notas são usadas como selo de aprovação, argumento de venda e instrumento de diferenciação
Você já reparou como alguns vinhos ganham “notas” impressionantes e de repente somem das prateleiras? Essas pontuações independentes funcionam como selos de aprovação — capazes de transformar rótulos pouco conhecidos em sucessos de venda da noite para o dia.
Por trás desse aparente número simples, existe um processo muito criterioso. Avaliações profissionais utilizam escalas padronizadas — por exemplo: de 80 a 84 pontos é recomendação honrosa; de 85 a 89, medalha de bronze; 90 a 94, prata; 95 a 100, ouro. Para definir isso, mestres e juízes realizam degustações às cegas em mesas especializadas, muitas vezes decidindo entre milhares de rótulos ao longo de semanas.
Apesar da precisão técnica, o julgamento nunca é totalmente isento de subjetividade. Preferências pessoais entram no jogo, e isso significa que conhecer quem avaliou pode ser tão importante quanto a nota em si. Além disso, em um cenário global cada vez mais competitivo, há o risco de banalização: prêmios de menor credibilidade inundam o mercado, enquanto bons vinhos ficam sem reconhecimento.
O desafio está em saber usar essas avaliações como bússola — não como mapa definitivo. O ideal é equilibrar a credibilidade do avaliador com o seu próprio paladar. E, acima de tudo: buscar prazer na taça, independentemente da nota. Quer ficar por dentro de todos esses detalhes? Confira a matéria da Bloomberg Línea sobre o assunto.
O que você precisa saber: – Hoje, estar conectado não é mais um privilégio, mas, sim, uma necessidade; – Áreas rurais, remotas ou de difícil acesso ainda sofrem com os chamados “pontos-cegos”; – A telefonia por satélite busca resolver essas questões e levar boa conectividade para todas as áreas.
A telefonia percorreu uma longa jornada até chegar onde está hoje. Se antes estávamos limitados às linhas fixas, presas a cabos e infraestrutura urbana, a popularização dos celulares nos anos 1990 e 2000 transformou como nos comunicamos. A mobilidade trouxe uma revolução: estar conectado deixou de ser privilégio para se tornar necessidade.
Reconhecidos os avanços da telefonia móvel e da internet, ainda há uma barreira difícil de superar: a cobertura. Grandes centros urbanos desfrutam de alta velocidade e boa conectividade, enquanto áreas rurais, remotas ou de difícil acesso permanecem em uma espécie de silêncio digital.
É justamente nesse ponto que entra a telefonia por satélite. Diferente das redes tradicionais, que dependem de antenas e infraestrutura terrestre, a comunicação via satélite pode alcançar qualquer lugar do planeta, eliminando os chamados pontos-cegos.
Hoje, empresas como a Starlink, fundada por Elon Musk, estão expandindo essa fronteira ao lançar milhares de satélites de baixa órbita (LEO). O resultado é uma conexão mais estável, com menor latência, capaz de atender tanto expedições no Ártico quanto comunidades isoladas na Amazônia.
No Brasil, o serviço direct-to-device — que permite a conexão gratuita à internet em locais sem sinal de operadora — ainda não está disponível. Essa tecnologia já é utilizada em países como Estados Unidos e Nova Zelândia e está em fase de testes na Austrália, Canadá, Chile e Japão. Apesar disso, a Starlink já possui áreas de operação em território nacional, oferecendo planos de banda larga via satélite para residências, empresas e áreas rurais.
No Brasil, essa transformação pode ter um impacto profundo. Segundo dados de 2024, apenas 22% da população brasileira possui boas condições de conectividade, e as regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas por essa desigualdade digital. A chegada de soluções de internet via satélite tem o potencial de reduzir essas disparidades, levando acesso a quem até hoje ficou à margem da revolução digital.
A trajetória da telefonia revela um caminho de constante superação: do fio às ondas de rádio, e agora aos satélites em órbita. Mais do que derrubar fronteiras físicas, o grande desafio atual é reduzir as desigualdades de acesso. Iniciativas como a Starlink mostram que a conectividade via satélite não é apenas um avanço tecnológico, mas uma oportunidade de inclusão digital para milhões de pessoas. O futuro da comunicação não está em vencer distâncias, e sim em garantir que ninguém fique desconectado.
O que você precisa saber: A história do biomédico Greg Lambrecht está influenciando a forma como as pessoas estão bebendo vinho. O produto desenvolvido por ele mexeu com o mercado de restaurantes, bares, entre outros.
Toda garrafa de vinho guarda em sua história um universo de aromas e sabores que esperam o momento certo para serem liberados. Por séculos, o ritual de abrir um bom rótulo foi um prelúdio sagrado, com o som do saca-rolhas anunciando o início de uma celebração.
Mas e se a magia pudesse acontecer sem quebrar o lacre, sem violar a quietude do vinho? Pense como seria poder saborear uma taça daquela safra especial, guardando o restante da garrafa intacto. O produto permite que cada gole seja uma nova descoberta, sem comprometer o futuro da garrafa.
O equipamento, desenvolvido pelo biomédico Greg Lambrecht, é a chave para servir o vinho sem precisar remover a rolha. O conceito já conquistou o mundo, sendo usado para mais de 300 milhões de taças em mais de 60 países. Antes de chegar ao mercado, Greg passou 12 anos testando sua invenção em mais de 4,8 mil garrafas de vinho.
Afinal, como é possível encher uma taça de vinho sem violar a integridade da rolha? O segredo nasceu do seu trabalho como biomédico. Em uma entrevista à Bloomberg Línea, Greg revelou que trabalhava com muitas agulhas e, fascinado, se pegava imaginando como usá-las para furar a rolha sem abrir a garrafa. O Timeless, modelo original, funciona com uma agulha ultrafina que atravessa a rolha, injeta gás argônio na garrafa e permite que o vinho seja extraído sem que o oxigênio entre, protegendo a bebida.
Unindo duas paixões — a medicina e o vinho — o dispositivo, cujo nome significa “coração do vinho” em latim, nasceu para promover uma mudança de mentalidade. Segundo o criador, o Coravin veio para mostrar que “servir vinho por taça pode ser seguro, lucrativo e prazeroso. E que o vinho não precisa ser consumido todo de uma vez”, concluindo uma revolução no modo como apreciamos a bebida.