Os benefícios dos investimentos de longo prazo

Os benefícios dos investimentos de longo prazo

(Tempo de leitura: 6 minutos)

O que você precisa saber
Investir a longo prazo é essencial para enfrentar a volatilidade do mercado financeiro e alcançar crescimento sustentável. Essa estratégia permite mitigar riscos, aproveitar os juros compostos e obter benefícios fiscais.


O mercado financeiro, intrinsecamente volátil e repleto de incertezas, representa um desafio contínuo para os investidores. As oscilações nos preços dos ativos, crises econômicas e mudanças políticas são fatores que frequentemente desencorajam e geram desconfiança. No entanto, para investidores UHNW que buscam preservar e ampliar seu patrimônio ao longo das gerações, existe uma estratégia que se destaca pela sua capacidade de mitigar impactos e promover segurança e crescimento: o investimento a longo prazo.

Ao adotar uma perspectiva temporal prolongada, os investidores não apenas minimizam os efeitos da volatilidade de curto prazo, mas também potencializam os benefícios dos juros compostos. Essa abordagem permite uma redução significativa nos riscos do portfólio, aproveitando vantagens fiscais e alinhando-se aos objetivos financeiros de vida. Em essência, é uma estratégia inestimável para aqueles que aspiram a construir e perpetuar um legado financeiro sólido e próspero.

Os investimentos de longo prazo geralmente têm um horizonte superior a cinco anos, podendo se estender por várias décadas, conforme o perfil e os objetivos individuais dos investidores. Entre as opções mais comuns estão fundos de renda fixa, ações, fundos imobiliários e títulos do tesouro. Independentemente da escolha, é fundamental o compromisso com o prazo de resgate para evitar prejuízos e encargos tributários desnecessários.

Vantagens dos investimentos de longo prazo

Crescimento do Capital

O investimento a longo prazo permite que o capital se beneficie exponencialmente do poder dos juros compostos. Reinvestir os lucros ao longo dos anos maximiza o potencial de crescimento, criando uma base sólida para a construção de riqueza duradoura.

Redução do Risco 

Esta estratégia atenua as oscilações de curto prazo do mercado, oferecendo uma proteção mais robusta em cenários de alta volatilidade, inflação, conflitos geopolíticos e mudanças políticas. Para investidores UHNW, que muitas vezes lidam com grandes somas e diversas responsabilidades, essa proteção é crucial.

Benefícios Fiscais

Em muitos países, os investimentos de longo prazo são tributados de maneira mais favorável. Ganhos de capital a longo prazo geralmente têm alíquotas de imposto reduzidas, aumentando os retornos líquidos. Nossa equipe na Portofino está constantemente atenta às mudanças na legislação fiscal para maximizar esses benefícios para nossos clientes.

Planejamento Financeiro

Alinhados com metas de vida como aposentadoria, aquisição de imóveis e financiamento educacional, os investimentos de longo prazo permitem um planejamento financeiro sólido e ajustável ao longo do tempo. Para nossos clientes UHNW, isso significa não apenas segurança financeira, mas a certeza de que seus valores e objetivos serão sustentados ao longo das gerações.

Correção de Rota

Com uma visão de longo prazo, é possível corrigir decisões de investimento ao longo do tempo sem comprometer os objetivos principais, proporcionando um ajuste contínuo e estratégico. Nossa gestão ativa e o suporte dos comitês multidisciplinares asseguram que cada decisão seja ponderada e estratégica.

Oportunidades de Mercado

Investidores de longo prazo têm a vantagem de adquirir ativos a preços baixos durante crises, aproveitando-se das recuperações subsequentes para obter ganhos significativos. Com uma gestão profissional, esses movimentos são identificados e aproveitados de forma disciplinada e racional.

Disciplina e Consistência

Esta abordagem promove disciplina e consistência, essenciais para o sucesso financeiro. Resistir às flutuações do mercado e seguir um plano estruturado contribui para um caminho mais estável rumo aos objetivos financeiros, reduzindo o estresse e evitando decisões impulsivas.

Monitoramento Contínuo e Flexibilidade Estratégica

É importante destacar que, embora o foco seja o longo prazo, isso não significa que os investimentos podem ser deixados de lado no dia a dia. Pelo contrário, exatamente por serem de longo prazo, esses investimentos exigem um monitoramento meticuloso, um olhar atento e uma gestão dinâmica. Na Portofino, entendemos que os resultados a longo prazo são construídos dia após dia, com decisões informadas e ajustadas de acordo com as condições de mercado e os objetivos dos nossos clientes. Além disso, a estratégia de investimento não é estática. Ao longo do tempo, podem surgir novas oportunidades ou desafios que demandam ajustes na estratégia inicial. Nossa equipe está preparada para realizar essas mudanças de forma ágil e estratégica, garantindo que o portfólio continue alinhado com as metas e expectativas dos nossos clientes.

Em síntese, os investimentos de longo prazo oferecem benefícios que transcendem os ganhos financeiros imediatos. Na Portofino, nossa equipe de investimentos está preparada para desenvolver estratégias personalizadas, adaptadas ao seu perfil e objetivos. Através de comitês recorrentes e reuniões periódicas, tomamos decisões colegiadas para proteger e ampliar o patrimônio de indivíduos, famílias e empresas de forma sustentável e multigeracional. Para investidores UHNW, nossa abordagem oferece a tranquilidade de saber que seu patrimônio está em mãos experientes e comprometidas com o seu sucesso a longo prazo.

Além da euforia e do pânico: estratégias para navegar em mercados instáveis

Além da euforia e do pânico: estratégias para navegar em mercados instáveis

(Tempo de leitura: 5 minutos)

O que você precisa saber
Em momentos de volatilidade, os mercados financeiros desafiam até os investidores mais experientes. Decisões impulsivas podem comprometer objetivos de longo prazo, tornando a disciplina e a diversificação essenciais.


A volatilidade no mercado financeiro é marcada por oscilações rápidas e significativas nos preços dos ativos, criando tanto oportunidades quanto armadilhas. Essas variações provocam uma enxurrada de emoções nos investidores – medo, euforia, pessimismo – que frequentemente resultam em decisões impulsivas e potencialmente desastrosas. Em cenários de estresse, manter a disciplina e a paciência é um desafio monumental. Erros cometidos nessas situações podem comprometer o retorno de longo prazo e até mesmo desviar o investidor de seus objetivos financeiros. Preparar-se para enfrentar esses desafios de maneira racional e estratégica é, portanto, o fator decisivo para alcançar ou comprometer seus objetivos.

Durante momentos de volatilidade, a reação ao pânico é comum. Investidores, dominados por emoções incontroláveis, frequentemente tomam decisões irracionais, como vender seus ativos precipitadamente ao verem seus investimentos caindo, na tentativa de evitar perdas maiores. Esse comportamento, conhecido como efeito manada, é uma das armadilhas mais perigosas do mercado financeiro. Embora possa parecer sensato estancar as perdas vendendo ativos durante uma queda, essa abordagem muitas vezes resulta em danos ainda maiores. Manter a calma e focar no longo prazo é essencial. Um portfólio bem diversificado e equilibrado permite que o investidor perceba que as quedas são temporárias e que a paciência pode, de fato, ser recompensada.

Não diversificar a carteira é outro erro crítico que muitos investidores cometem, especialmente em tempos de incerteza. A concentração excessiva em poucos ativos ou em um único setor pode amplificar as perdas durante períodos de volatilidade. A famosa recomendação de “não colocar todos os ovos em uma única cesta” resume bem a importância da diversificação. Ao distribuir investimentos em diferentes classes de ativos, setores e regiões geográficas, os riscos são diluídos, e o impacto de um único ativo ou setor na performance geral da carteira é significativamente reduzido. Essa estratégia deve estar sempre alinhada com os objetivos e o perfil de investimento do cliente.

O equilíbrio emocional é fundamental para o sucesso no mercado financeiro. Investidores movidos por emoções extremas podem se tornar excessivamente otimistas durante picos de alta ou pessimistas em quedas bruscas, comprometendo seus objetivos de longo prazo. A euforia pode levar a riscos maiores do que o recomendado, enquanto o pânico pode resultar em decisões precipitadas e danosas. Portanto, é essencial manter a disciplina e a visão de longo prazo, tomando decisões baseadas em fundamentos sólidos e alinhadas com os objetivos financeiros.

Ter um plano e objetivos claros é indispensável. Investidores sem uma estratégia bem definida estão mais sujeitos a serem influenciados pelas oscilações do mercado, tomando decisões impulsivas que prejudicam o desempenho de seus portfólios. Quando se tem clareza sobre os motivos de cada investimento, o investidor consegue manter a calma e evitar agir por impulso, mesmo diante de perdas momentâneas.

Para famílias, empresários e investidores UHNW (Ultra High Net Worth), que muitas vezes não dispõem de tempo ou do conhecimento profundo necessário para navegar em mercados financeiros globais tão voláteis, a gestão profissional se torna não apenas importante, mas essencial devido ao alto grau de complexidade e valores das estratégias e operações. Na Portofino, oferecemos um suporte robusto que vai além da simples administração de ativos. Nossos comitês multidisciplinares de investimentos, compostos por profissionais experientes e altamente capacitados de diversos setores, asseguram que as decisões sejam tomadas de forma colegiada, profissional e livre de influências emocionais.

A presença de um CIO e CEO atuando como Minerva em nosso processo decisório garante que cada passo seja dado com a máxima diligência e visão estratégica. Nosso trabalho não é apenas proteger o patrimônio, mas ampliá-lo de forma sustentável e multigeracional, adaptando constantemente os portfólios às mudanças de mercado e buscando sempre as melhores oportunidades. Na Portofino, entendemos que a excelência na gestão de investimentos é o que diferencia um simples retorno financeiro de um legado que atravessa gerações.

Como funciona Fundos de Private Equity? Entenda a estratégia

Como funciona Fundos de Private Equity? Entenda a estratégia

Não é novidade que os investimentos alternativos têm se expandido consideravelmente no Brasil e no mundo. Segundo o site Valor Econômico, a sua taxa de crescimento é mais do que o dobro do que a do mercado como um todo. E é nesse cenário de expansão que os fundos de Private Equity têm ganhado espaço.

Sim, essa modalidade de investimento alternativo já representa 0,7% do PIB nacional, como indicou o portal InfoMoney. E é claro que esse número pode representar muito, sobretudo quando o assunto é o mercado financeiro.

Por isso, se você é um investidor, ou pretende se tornar um muito em breve, precisa conhecer mais sobre os fundos de Private Equity, essa tendência que vem se consolidando no mundo dos investimentos.

Continue a leitura para descobrir como funciona esse investimento e se vale a pena investir nele!

O que são Fundos de Private Equity (PE) e como são classificados?

Os fundos de Private Equity (PE) são um tipo de investimento alternativo focado em empresas que ainda estão no início de seu desenvolvimento, mas que já representam um grande potencial de crescimento e, obviamente, de retorno.

Nesse sentido, pode-se dizer que os Private Equity têm um funcionamento e estrutura bem similares aos dos fundos de Ações tradicionais. O que os distingue é o fato de a maioria dos investimentos do PE serem em empresas de capital fechado, isto é, que não estão na Bolsa de Valores.

Convém mencionar ainda que, nessa modalidade, é muito comum os gestores participarem ativamente das ações internas da empresa como forma de contribuir para o seu crescimento rápido.

Os fundos Private Equity costumam ser divididos em duas categorias: Venture Capital e LBO (Leveraged Buyout). Vamos conhecer melhor cada um deles!

Venture Capital

O Venture Capital é um investimento aplicado em empresas pequenas e que se encontram em estágio inicial, como startups. Geralmente, elas têm alto potencial de crescimento, mas ainda não apresentam lucros e nem estabilidade. 

Em razão desse cenário, o VC é considerado como um investimento de alto risco. Afinal, trata-se de um negócio emergente, que ainda não apresenta garantias. No entanto, caso o potencial da empresa se consolide, os retornos para o investidor podem ser surreais.

LBO (Leveraged Buyout)

O Leveraged Buyout (LBO), por sua vez, consiste em uma “aquisição alavancada”, na qual, para se adquirir o controle acionário de determinado negócio, contrai-se um empréstimo.    

Nesse caso, o mais comum é que uma pequena empresa seja criada para contrair o financiamento. Assim, a partir desse empréstimo, será possível adquirir uma empresa que possui um custo muito elevado ou que apresenta um considerável endividamento.  

Em seguida, as duas empresas se fundem e o financiamento adquirido pela empresa pequena torna-se também da que foi comprada. 

Como funciona um Fundo de Private Equity?

Como funciona um Fundo de Private Equity?

Como mencionamos, o fundo de Private Equity consiste em um mercado que investe em empresas de capitas fechados e que ainda estão dando os seus primeiros passos.

Naturalmente, para que ocorra o investimento, é visualizada uma oportunidade em determinado negócio, como, por exemplo, um grande potencial de crescimento, de desenvolvimento e de um alto retorno financeiro para os seus investidores no futuro.

Além disso, como o aporte é realizado em empresas emergentes, o prazo de duração desse investimento costuma ser maior quando comparado com o dos fundos de Ações tradicionais, por exemplo. A média é de 7 a 10 anos para que o retorno aconteça.

Agora vejamos quais são as principais etapas na execução de um Private Equity!

1. Captação

A primeira etapa é a de captação de recursos. Nela, o gestor solicita aos investidores o investimento. Esses, por sua vez, se comprometem formalmente com os aportes de capital. Ou seja, ocorre a assinatura de documentos que firmem essa promessa.

Convém mencionar que nesse momento o gestor conhecerá a quantia que terá disponível para investir e alimentar a carteira desse fundo de investimento. 

2. Investimento

Nessa segunda etapa, que é a mais longa, o gestor selecionará e investirá nas empresas que apresentem certo potencial. Aqui, serão levadas em consideração diversas questões, como risco e possibilidades de retorno.

Vale dizer que esse processo de investimento e, principalmente, de administração é contínuo e estratégico, pois é ele que possibilitará o retorno financeiro ao fundo.

3. Desinvestimento

Por fim, a etapa de desinvestimento ocorre quando os retornos de capital começam a cobrir os gastos e investimentos iniciais. Ou seja, esse é o momento em que os investidores começam, de fato, a visualizar o retorno do negócio. 

Estratégias de saída (exits) dos Fundos do Private Equity

Se você já estuda investimentos há algum tempo, deve saber que as estratégias de saída são planos que estruturam a forma e o momento certo para a retirada do dinheiro investido e de seus ganhos, é claro.

No caso dos fundos de Private Equity, existem algumas estratégias que podem ser utilizadas, seja para uma saída total ou parcial.

No caso da saída total, elas são:

  • Venda comercial para outro comprador;
  • Realização de Leveraged Buyout (LBO) por outra empresa de Private Equity;
  • Recompra de ações.

Já no caso da saída parcial, as estratégias possíveis são:

  • Venda de uma parte do negócio para outro investidor;
  • Reestruturação societária;
  • Realização do Corporate Venturing.

Existe ainda uma estratégia que mistura a saída total e parcial. Nela, uma parte da empresa é vendida em uma Bolsa de Valores pública. Assim, os fundos de Private Equity desfazem gradativamente a sua participação acionária. 

A Curva J em Fundos de PE

Quando consideramos a evolução de um fundo de Private Equity, é comum atribuirmos a essa o nome de “Curva J”. Isso porque essa letra representa o fluxo de caixa característico das etapas desse modelo de investimento. Mas como assim?

Se você analisar o gráfico do Private Equity encontrará a seguinte estrutura: no início do investimento são desembolsadas grandes quantias de dinheiro para o aporte.

Ou seja, a curva do gráfico apresenta uma depressão justamente pelo fato de haver mais saídas e nenhuma entrada. Isso equivale ao início da letra “J”.

Quando os anos se passam e o fundo entra na fase de desinvestimento, os retornos começam a acontecer. Logo, a curva cresce consideravelmente e chega ao seu ápice, representando a subida da letra “J”. 

Qual o perfil para investir em private equity?

Embora seja uma opção lucrativa, investir em private equity também envolve riscos e demanda uma abordagem de longo prazo.

O investimento só é adequado para investidores experientes e com uma compreensão sólida do mercado financeiro, pois é importante ter conhecimento das melhores práticas de investimento e estar disposto a dedicar tempo e recursos para avaliar cada oportunidade.

Além disso, é fundamental ter uma mentalidade de longo prazo, pois os investimentos em private equity geralmente têm um prazo de retorno de sete a dez anos.

Outro aspecto importante é ter uma tolerância ao risco mais elevada. Os investimentos em private equity são considerados de alto risco, pois envolvem empresas em estágio inicial ou em fase de reestruturação.

Portanto, os investidores devem estar preparados para lidar com a possibilidade de perdas no curto prazo, mas com a expectativa de retornos substanciais no longo prazo.

Como adquirir equity?

Adquirir equity, ou participação acionária, em uma empresa de private equity geralmente ocorre por meio da compra de ações ou da participação em um fundo de investimento. Existem diferentes formas de adquirir equity, dependendo do tipo de investidor e do objetivo do investimento. Vamos explorar algumas dessas opções abaixo.

Uma maneira comum de adquirir equity é por meio da compra de ações diretamente de uma empresa durante os estágios iniciais, quando ela ainda está levantando capital para financiar seu crescimento.

Investidores que acreditam no potencial de crescimento da empresa podem adquirir equity por meio de ofertas públicas iniciais (IPOs), ofertas privadas ou negociações privadas diretas com a empresa.

Outra opção é investir em um fundo de private equity, que nada mais é do que um grupo que reúne capital de vários investidores para aplicar em empresas de maneira coletiva, em nome dos investidores do fundo, que podem comprar ou vender suas cotas e participações.

Essa opção é gerenciada por profissionais com experiência e conhecimento no mercado de private equity, permitindo uma diversificação da carteira, pois o capital é investido em várias empresas, reduzindo o risco concentrado.

Por fim, outra forma de adquirir equity é por meio de fusões ou aquisições.

Nesses casos, os investidores adquirem uma participação em uma empresa existente por meio da compra de suas ações ou ativos, uma estratégia comumente usada em transações de alavancagem (LBOs), em que o investidor adquire uma empresa usando capital próprio e financiamento adicional por meio de empréstimos.

Quanto ganha em private equity?

A remuneração em private equity pode variar significativamente e está sujeita à influência direta de diversos fatores, como o desempenho do fundo, o nível de envolvimento do investidor e a estrutura de remuneração acordada, só para citar alguns exemplos.

Geralmente, os retornos em private equity são atrativos, porém é importante manter as expectativas realistas e compreender todos os diversos fatores que afetam os ganhos potenciais no curto, médio e longo prazo.

Os ganhos em private equity são geralmente obtidos por meio de duas fontes principais: valorização do investimento e taxas de gestão e desempenho.

A valorização do investimento ocorre quando a empresa em que o investidor adquiriu equity tem um desempenho positivo e aumenta seu valor ao longo do tempo, quando a empresa é vendida ou quando a participação é vendida para outro investidor.

Já as taxas de gestão e desempenho dizem respeito aos valores cobrados pelos gestores do fundo de private equity para cobrir a operação e uma porcentagem dos lucros obtidos pelo fundo, geralmente cobrada quando um determinado nível de retorno é alcançado.

Exemplos de empresas que receberam investimentos de fundos de Private Equity

Os fundos de Private Equity têm sido responsáveis por impulsionar o crescimento de várias empresas de sucesso em todo o mundo.

Por meio desses investimentos, empresas promissoras conseguiram expandir seus negócios e alcançar valorizações expressivas.

Veja a seguir alguns exemplos de empresas que receberam investimentos de fundos de Private Equity e alcançaram grande sucesso:

Airbnb

Conhecida como a plataforma de hospedagem e que revolucionou a indústria do turismo ao conectar viajantes a acomodações únicas oferecidas por anfitriões locais, a Airbnb recebeu um investimento de US$ 112 milhões do fundo de Private Equity Andreessen Horowitz.

Uber

O aplicativo de viagens de carro se tornou sinônimo de transporte moderno, mas também  recebeu investimentos significativos de diversos fundos de Private Equity, como o Saudi Arabia’s Public Investment Fund.

Spotify

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O Spotify, plataforma de streaming que revolucionou a forma como as pessoas consomem música, recebeu investimentos de vários fundos de Private Equity, incluindo o Founders Fund e o Technology Crossover Ventures.

Afinal, vale a pena investir em Fundos de Private Equity?

Como deu para perceber, os fundos de Private Equity podem ser um tanto quanto paradoxos. Afinal, esses são investimentos de alto risco, uma vez que são direcionados para empresas iniciantes no mercado. Ou seja, não é possível ter a certeza se ela vai se consolidar e garantir retornos.

Por outro lado, o PE pode trazer um retorno elevadíssimo. Primeiro porque o valor do aporte é menor quando comparado com o de negócios consolidados. Além disso, a empresa pode se transformar em um potente ativo e trazer retornos extraordinários.

Portanto, é necessário conhecer bem o mercado dos fundos de Private Equity para decidir se ele realmente se encaixa no seu perfil de investidor e nas suas expectativas.

Para isso, você pode contar com a ajuda da Portofino, que possui uma equipe especializada capaz de te ajudar nesse processo de descobertas e de investimentos assertivos!

Conte com a assessoria da Portofino para descobrir se os fundos de Private Equity são os mais indicados para o seu perfil de investidor!

Conclusão

Os fundos de Private Equity são uma modalidade de investimento alternativo que têm ganhado destaque e impulsionado o crescimento de empresas em todo o mundo.

Embora sejam considerados investimentos de alto risco, eles oferecem a oportunidade de obter retornos substanciais, pois tem um foco em empresas com alto potencial de crescimento.

Para investir em Private Equity, é importante entender as etapas do processo, como captação de recursos, seleção de empresas para investimento e desinvestimento.

Além disso, as estratégias de saída dos fundos de Private Equity são essenciais para maximizar os retornos dos investidores e se proteger contra prejuízos eventuais.

Ou seja, não se trata de um investimento para todo mundo. É fundamental ter um perfil de investidor adequado para esse tipo de investimento, com uma compreensão sólida do mercado financeiro e uma abordagem de longo prazo e com expectativas realistas.

Exemplos de empresas como Airbnb, Uber, Spotify, SpaceX, entre outras, ilustram como os fundos de Private Equity podem impulsionar o crescimento e o sucesso de negócios inovadores em diversos setores.

Contudo, a decisão de investir em fundos de Private Equity deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração o perfil e os objetivos do investidor e com a assessoria de especialistas, como a Portofino Multi Family Office.

Finanças Comportamentais: o impacto das emoções na gestão financeira

Finanças Comportamentais: o impacto das emoções na gestão financeira

(Tempo de leitura: 5 minutos)

O momento econômico vivido nos últimos anos tem sido bastante estressante, tanto no cenário local quanto internacional, com altas taxas de juros, dados inflacionários, pandemia, guerras, crises bancárias e perspectivas de desaceleração econômica à frente. Nesses momentos, é normal surgir dúvidas e inseguranças sobre como investir e proteger o próprio patrimônio.

As Finanças Comportamentais combinam conceitos da Psicologia e da Economia para entender como os fatores comportamentais e socioculturais influenciam nas decisões financeiras, revelando que as nossas escolhas são muito mais influenciadas pela emoção do que imaginamos.

Estudos e pesquisadores

Daniel Kahneman e Amos Tversky são dois dos mais conceituados pesquisadores da área. Seus estudos refutaram a consolidada Teoria da Utilidade Esperada, em que as pessoas agiam de forma racional antes de uma decisão, escolhendo o caminho mais seguro e fugindo do risco.

Contudo, o trabalho dos psicólogos mostrou que o comportamento financeiro não é baseado somente em decisões racionais. O medo da perda afeta o modo como as decisões são tomadas, indicando que as pessoas estão dispostas a correr risco, desde que o objetivo seja evitar perdas. Essa descoberta ganhou o nome de Teoria do Prospecto. O reconhecimento e importância dos estudos foram destaques no meio econômico, tanto que, em 2002, Kahneman, mesmo não sendo economista, conquistou o Prêmio Nobel de Economia.

Além deles, Richard Thaler, considerado por muitos como o “papa da economia comportamental”, também fez contribuições importantes para a área, incluindo parceria com Kahneman e Tversky, na década de 70.

Em 2017, Thaler também foi premiado com o Prêmio Nobel de Economia pelas suas contribuições sobre economia e psicologia, sendo o responsável pela tese da “contabilidade mental”, processo cognitivo em que as pessoas fazem separações mentais de suas finanças ou recursos em diferentes categorias, sem considerar a conexão real entre eles.

Finanças Comportamentais no dia a dia

Entender como funciona o comportamento humano em meio a importantes escolhas financeiras ajuda a equilibrar as decisões da vida. Os efeitos dos vieses cognitivos no dia a dia distorcem a percepção da realidade e levam a conclusões incorretas ou irracionais.

Apesar das finanças comportamentais mostrarem que nem tudo é tão preto no branco como se imagina, existem atitudes que podem ajudar a evitar que as emoções atrapalhem e conduzam a movimentos equivocados na hora das decisões: 

  • Evitar o “efeito manada”: fazer algo porque todos estão fazendo é uma tendência do comportamento humano e um dos principais erros no mercado financeiro. 
  • Gestão profissional: o suporte de especialistas é fundamental para maximizar os investimentos. Além da expertise de um profissional, ele irá te auxiliar a ver as decisões de uma forma mais racional.
  • Saber lidar com os resultados: em investimentos nem sempre é possível só ganhar, sendo preciso aprender a lidar com as perdas.
  • Saber seu perfil e entender no que está investindo: se conhecer como investidor e estudar, de forma detalhada, os ativos que está investindo.

Esse campo possui muitas vertentes que podem ser exploradas para o entendimento das escolhas no mercado financeiro e nas finanças pessoais. O apoio de um gestor profissional é parte importante na perspectiva comportamental, gerindo o patrimônio sem interferência emocional e racionalmente fazendo as escolhas com maior potencial de gerar resultados positivos para os investidores.

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Quais os tipos de estrutura societária? Conheça cada uma delas

Quais os tipos de estrutura societária? Conheça cada uma delas

Os tipos de estrutura societária de negócios variam dependendo do país, mas alguns exemplos comuns incluem empresas individuais, parcerias, sociedades de responsabilidade limitada e corporações. 

Uma empresa individual é de propriedade e operada por um indivíduo, enquanto uma parceria envolve vários indivíduos compartilhando a propriedade e a tomada de decisões. 

As sociedades de responsabilidade limitada têm algumas características de sociedades unipessoais, permitindo aos proprietários limitar a sua responsabilidade pessoal, ao mesmo tempo que oferecem a flexibilidade de estruturas de gestão semelhantes às sociedades. 

Já as corporações são entidades mais complexas com a propriedade dividida em ações que podem ser compradas e vendidas pelos investidores após a abertura de capital, ou o popular IPO. 

Em última análise, a escolha da estrutura de negócios adequada depende de fatores como o tamanho e os objetivos da empresa, bem como os riscos potenciais envolvidos. 

Então, para entender melhor todas essas diferenças e também para identificar qual estrutura pode ser mais vantajosa para os seus interesses, preparamos este artigo explicativo.

Boa leitura.

O que é estrutura societária?

De forma técnica, a estrutura societária é a maneira manifesta em contrato de gerir uma empresa onde há mais de um dono.

Essa estrutura estabelece a hierarquia da tomada de decisões e também a divisão das responsabilidades dos sócios envolvidos e também o quanto de capital social cada um terá empregado aos interesses da empresa.

A escolha por qual modelo de sociedade é determinante para o planejamento tributário, jurídico e financeiro do seu negócio, por isso é fundamental que você conheça bem quais são e como funcionam as opções disponíveis.

Qual a importância de escolher a estrutura societária correta?

A escolha pela estrutura societária adequada é importante em vários aspectos, não só para os sócios envolvidos mas também para o bem estar da empresa.

Muitos fatores precisam ser analisados, mas idealmente, o objetivo tem que ser sempre a longevidade do negócio e sua saúde financeira, sendo assim uma organização a fim de estruturar uma empresa viável.

Uma sociedade nem sempre será igualitária, por isso que a modalidade certa faz diferença, afinal, envolvem pessoas e por mais que o início seja promissor, em tanto momento os interesses de cada um podem ficar desalinhados e só um bom contrato mantém a ordem no negócio.

tipos estrutura societária

Quais os tipos de estrutura societária?

Existem hoje na legislação brasileira vários tipos de estruturas societárias que podem ser mais práticas ou mais complexas e a escolha por cada uma delas vai depender da realidade do seu negócio.

Há sócios que têm um perfil mais de mão na massa, ou seja, vão estar no dia a dia da operação tomando decisões, portanto assumindo mais riscos e de fato colocando força de trabalho na operação.

Por outro lado, há os chamados sócios investidores que colocam um aporte de capital no negócio e recolhem os seus ganhos posteriormente, sem estar envolvido no dia a dia.

Essas funções são diferentes e podem ser geradoras de conflitos entre os sócios, por isso que a estrutura contratual da sociedade precisa ser bem acordada entre os envolvidos.

Sendo assim, separamos a seguir alguns modelos de estruturas societárias para que você entenda melhor como cada uma delas pode ser importante para sua operação.

Sociedade Limitada

Sem dúvidas o modelo de sociedade mais utilizado pelas empresas brasileiras por vários motivos.

O termo “limitada” que vem nesse modelo se refere justamente à responsabilidade dos sócios no negócio que será limitada a sua participação social na operação da empresa.

Esse modelo é utilizado geralmente para associação de duas ou mais pessoas e permite adição de mais sócios posteriormente se houver interesse das partes.

Também é permitido que os sócios do modelo limitado sejam pessoas jurídicas, por isso é a estrutura mais utilizada, pois permite a inserção de mais capital societário na empresa com bem menos burocracias.

Sociedade Anônima

As sociedades anônimas também são bastantes comuns no Brasil, principalmente pela sigla S/A e atualmente tem estado em alta por conta de grandes times de futebol que estão aderindo a modalidade SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

Porém, o modelo traz consigo algumas restrições e por isso costuma ser adotado por empresas de grande porte, justamente por possuir aspectos jurídicos muito mais complexos.

A estrutura em si depende da aquisição de ações por parte dos sócios e o corpo societário de uma S/A deve ter no mínimo 7 acionistas.

Outra característica marcante dessa modalidade de sociedade é que podem eventualmente abrir o capital por meio de um IPO e colocar suas ações disponíveis nas Bolsas de valores.

Sociedade de Propósito Específico

O nome aqui já entrega bastante da finalidade e serve justamente para organizar e estruturar empresas que vão executar algo específico, como no caso da construção civil.

Ou seja, é um tipo de empresa “temporária” que vai funcionar somente para atender aquele fim, sendo encerrada após a conclusão.

Seguindo o exemplo da construção civil, seria aberta uma SPE para construção de um empreendimento e após a conclusão termina suas atividades, não podendo por exemplo começar uma nova construção.

Esse modelo é bastante utilizado para realização de grandes projetos de infraestrutura, em especial aqueles de parceria público privada.

Sociedade em Conta de Participação

O modelo SCP é aquele utilizado para diminuir as burocracias envolvidas na abertura de uma empresa e serve principalmente para operações comerciais que afetem apenas os sócios.

Também tem um caráter temporário e é bastante utilizada para que os sócios possam investir em um negócio específico sem precisar aparecer, recolhendo apenas os seus lucros ao fim do processo.

Sociedade Cooperativa

As cooperativas são modelos societários que servem para agregar vários pequenos produtores e prestadores de serviço em prol de uma demanda maior.

Como o objetivo é a entrega de um volume maior, esses prestadores se unem para otimizar a produção e as decisões são tomadas em conjunto, por meio de conselhos.

As responsabilidades e direitos de cada envolvido serão devidamente acordadas seguindo a estrutura pré definida.

Estrutura societária – Empresas Individuais

As empresas individuais são aquelas que não possuem sócio e há apenas um proprietário.

Os modelos mais utilizados no Brasil são as MEI, ME e EPPs, que possuem vantagens específicas e também limitações.

A vantagem é uma tributação menor, porém a desvantagem é que a arrecadação fica limitada a um teto relativamente baixo.

Em geral, são modelos que servem para regularizar uma atividade autônoma ou para contratos de prestação de serviços para grandes empresas.

Na Portofino, temos clientes que se encaixam em praticamente todos esses tipos de estruturas societárias, afinal, nosso objetivo é fazer uma gestão eficiente do seu patrimônio, oferecendo um time multidisciplinar para cuidar do financeiro, jurídico e tributário envolvendo sua empresa e seus bens.

Entenda melhor a nossa atuação conhecendo um pouco mais do nosso trabalho aqui.

Conclusão

conclusão estrutura societária

As estruturas societárias são uma necessidade para que os empresários possam organizar seus negócios de forma a buscar maiores ganhos.

Na prática, não faltam opções para escolher, porém é preciso entender o que melhor se encaixa na sua realidade, e esperamos que o conteúdo tenha clareado as suas ideias a respeito do assunto.No mais, conte com os serviços da Portofino Multifamily Office para uma gestão patrimonial eficiente e lucrativa.

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Regimes de casamento: qual optar na hora de subir ao altar?

Regimes de casamento: qual optar na hora de subir ao altar?

Para muitos é o sonho de uma vida, para outros é algo para marcar um momento de união, e há até quem opte por oficializar o relacionamento apenas por questões burocráticas.

O fato é que não importa a motivação, conhecer os regimes de casamento é o que garante os direitos e deveres dos cônjuges e também uma transição suave em caso de separação ou falecimento.

É uma decisão que muda vidas, por isso deve ser feita com total responsabilidade, por isso, separamos aqui um guia com os principais regimes de bens e outros acordos possíveis em um casamento para que você e sua contraparte possam gerenciar seus patrimônio como for mais conveniente para suas realidades.

Confira no artigo de hoje tudo sobre os regimes de casamento e suba no altar com a certeza de que fez a escolha certa.

Boa leitura.

O que são os regimes de casamento?

Os regimes de casamento são na verdade os dispositivos legais que atuam sobre o regime de bens dos cônjuges, para organização jurídica das posses, considerando um eventual distrato no futuro.

Em geral, esses regimes se dividem em 5 tipos, sendo a comunhão parcial  de bens, comunhão universal de bens, separação convencional de bens, separação obrigatória de bens e a participação final nos aquestos que é um tipo de regime menos comum.

Em tópicos a frente vamos falar mais a fundo sobre cada um desses tipos de regimes para que você entenda as implicações de cada um e possa planejar a sua união considerando os interesses de ambos.

Isso é uma forma de administrar seu patrimônio, e essa é uma das coisas que nós fazemos aqui na Portofino, clique e saiba mais.

Como funciona o regime de bens?

Em termos técnicos, o regime de bens é a legislação que atua sobre a disposição dos bens de um casal, sendo elaborado na forma de um acordo legal previamente definido entre cada cônjuge.

O acordo visa estabelecer o que acontece com os bens de cada um até o momento do casório e o que vai acontecer com o patrimônio após o enlace, para que assim a partilha futura seja menos burocrática.

Como já vimos, esses modelos são enquadrados em cinco tipo de regimes com regras bem definidas em cada um deles para que cada casal selecione a opção que mais se adequa ao interesse de ambos.

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Quais os tipos de regimes de casamento?

Já tínhamos antecipado lá em cima que existem cinco regimes de casamento, sendo quatro deles os mais utilizados. 

Nesses regimes também há algumas particularidades que envolvem alterações pontuais e até um pacto antenupcial que permite acordos mais específicos para atender algumas necessidades relacionadas a patrimônio.

Então, vamos entender como é na prática cada um desses tipos de regime para que fique mais claro como os acordos podem ser feitos e como se proteger de futuros litígios.

Comunhão Parcial de Bens

Começando por este que é o regime padrão de qualquer comunhão, inclusive para os casos de união estável, ou seja, se o casal não opta por um regime específico ou vive junto há muito tempo, esse é o modelo que vai ser usado para uma eventual partilha.

Seu funcionamento é muito simples, e para usá-lo, os cônjuges comunicam seus bens adquiridos dentro do período de união, que são chamados de aquestos, e deixam de fora os bens que já possuía antes do enlace, os chamados particulares.

São considerados como particulares, também os bens que os cônjuges adquirem por doação ou herança, mesmo que isso ocorra após o casamento, assim como não entram os bens que tem como fim o uso em atividades profissionais, como um veículo para trabalhar, por exemplo.

Pensando em conservação de patrimônio e sucessão, esse regime é o mais indicado, e tende a não gerar tanta resistência por parte do outro cônjuge.

Comunhão Universal de Bens

Antes da comunhão parcial, este era o regime considerado padrão, portanto era o que mais acontecia nas uniões, principalmente aquelas mais antigas.

Esse regime é ainda mais simples que o anterior, pois nele o casal comunica todos os seus bens e patrimônios, sejam estes adquiridos antes ou depois da união, havendo pouquíssimas exceções.

Há nesse tipo de contrato a cláusula de incomunicabilidade, onde os bens que são herdados ou doados a um dos cônjuges, podem ficar de fora de uma eventual partilha de bens.

O regime não considera o cônjuge como herdeiro e da e este apenas o direito à meação.

Separação Convencional e Separação Obrigatória

A separação convencional e a separação obrigatória são dois regimes de casamento bastante semelhantes, por isso colocamos os dois juntos na mesma explicação.

O regime convencional de separação é de livre escolha dos cônjuges, tal qual os demais regimes citados, enquanto a separação obrigatória como o nome indica, é imposta ao casal em razão de alguma lei em circunstâncias específicas.

Em termos legais, a separação convencional é bastante simples: os patrimônios dos cônjuges não se comunicam de forma alguma, sem exceções.

Já no modelo obrigatório, temos uma área que gera polêmicas, principalmente em função de leis mais recentes que obrigam casamentos de pessoas acima de 70 anos a se enquadrarem automaticamente no regime.

E realmente há muitos debates sobre o regime obrigatório, pois muitos o consideram discriminatório, mas em termos de sucessão, é uma modalidade que blinda o patrimônio completamente.

No caso da separação convencional, o cônjuge se encaixa na condição de herdeiro, e essa é uma diferença muito clara entre os dois regimes.

Participação Final nos Aquestos

Conforme antecipamos, esse tipo de regime é bastante raro, tanto que muita gente não faz ideia da sua existência, e ele é de fato uma modalidade bastante complexa, que tem por objetivo a gestão de patrimônios mais específicos.

Uma forma de explicar seria dizer que no ato do casamento, os cônjuges não comunicam seus bens adquiridos previamente, e mesmo após o enlace, seguem gerenciando seu patrimônio individualmente, em ingerência do parceiro.

Em um eventual divórcio, porém, cada um terá direito a metade dos bens adquiridos posteriormente, os chamados asquetos.

É um modelo que se assemelha a comunhão parcial, porém dá uma possibilidade de gestão maior para os seus patrimônios.

Mas vale ressaltar que a legislação sobre esse regime é extensa, por isso é fundamental ter uma assessoria patrimonial para dar seguimento neste tipo de contrato nupcial.

Alteração de Regime de Bens e Pacto Antenupcial

Quando o casal opta por um pacto antenupcial é possível estabelecer regimes mais flexíveis, podendo combinar regras de diferentes modalidades, desde que não vão contra a ordem pública.

A lei também permite que o casal possa alterar o regime durante o casamento, porém é necessário apresentar o motivo para o Juiz para que seja respeitado o direito de terceiros.

A regra é ter o que é chamado de “justo motivo” em termos jurídicos, e é algo invasivo, porém é a única forma de fazer essas alterações.

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Dúvidas frequentes a respeito dos regimes de casamento

Agora que explicamos bem os regimes de casamento disponíveis, é hora de sanar algumas dúvidas muito recorrentes com relação aos bens e sucessão de patrimônio.

Qual regime de casamento tem direito à herança?

O regime de comunhão parcial de bens dá direito ao cônjuge viúvo a metade dos bens adquiridos após o casamento.

A outra metade dos bens nesse caso é dividida pelos herdeiros diretos, no caso os filhos.

Na comunhão total de bens o cônjuge tem direito a metade dos bens, porém isso é chamado de meação e não herança, propriamente dita.

Quais as diferenças entre os regimes de casamento?

Em termos simples, as principais diferenças é o quanto um cônjuge terá de ingerência sobre o patrimônio do outro, então cada regime corresponde a um certo nível.

Quando o cônjuge não tem direito aos bens?

No regime de separação total de bens o cônjuge não tem nenhum tipo de direito sobre os bens da contraparte, sejam estes adquiridos antes ou após o casamento.

Na separação obrigatória vale o mesmo princípio.

O regime de bens pode ser alterado ao longo do casamento?

Pode, desde que haja um pacto antenupcial e que a alteração tenha o “justo motivo” que é o que válida juridicamente uma alteração de qualquer natureza.

Qual o melhor regime de casamento para se casar?

Depende muito do ponto de vista, pois se um dos cônjuges visa uma maior proteção do seu patrimônio, a separação convencional pode ser uma saída, porém tende a gerar discussões.

A comunhão parcial é um meio termo para isso, onde se os objetivos futuros dos cônjuges estiverem alinhados, a tendência é crescer o patrimônio juntos, garantido o que já conquistaram em caso de divórcio.

Por isso é importante ter um gestão profissional para o seu patrimônio e assim conseguir entender qual regime tem mais a ver com sua realidade.

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Como a Porto Fino pode te ajudar no regime de casamento

Cuidar do seu patrimônio é o que a Portofino pode fazer, mas não apenas isso, temos uma junta multidisciplinar, com profissionais de várias áreas que vão fazer o “Wealth Management” que é o gerenciamento dos seus bens e ativos, buscando a ampliação do patrimônio.

Temos equipe jurídica e podemos te dar toda assessoria antes de decidir qual regime de casamento blindar seu patrimônio sem criar qualquer tipo de desentendimento com o futuro cônjuge. 

Nossos especialistas podem te ajudar, então vem saber um pouco mais do que fazemos.

Conclusão

O regime de casamento ideal é aquele que tem mais a ver com a sua realidade e com os objetivos do casal. É fundamental que qualquer que seja a escolha, que ela seja de comum acordo e que cada envolvido tenha em mente a importância de cuidar do que é seu.

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