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O que você precisa saber:
O nosso time analisou as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, a equipe do Copom optou por elevar a Selic para 14,75%, o maior patamar em 20 anos. Por outro lado, o Federal Reserve manteve a taxa de juros inalterada.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, elevando de 14,25% para 14,75% ao ano. A medida reflete um cenário de elevada incerteza, tanto no cenário externo — com destaque para as políticas comerciais dos Estados Unidos — quanto no doméstico, especialmente em relação aos rumos da política fiscal.
Diante desse contexto, o Copom adotou um tom cauteloso, optando por aguardar os efeitos cumulativos do atual ciclo de alta de juros, a divulgação de novos indicadores econômicos e os desdobramentos das medidas comerciais internacionais antes de definir os próximos passos.
O Comitê não descarta novas altas, mas também não assume compromisso com elevações imediatas. Se novos ajustes forem necessários, a próxima reunião (em junho) deve ser pulada, com eventuais movimentos ficando para julho em diante, dependendo da evolução dos dados.
Thomas Gibertoni
Sócio e Portfolio Manager
Mesmo após pressões para corte de juros de Trump, o Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros dos EUA entre 4,25% e 4,5% pela terceira vez seguida, adotando cautela diante da desaceleração econômica e das incertezas provocadas pela guerra tarifária. Tal decisão era amplamente prevista pelo mercado e não afetou significativamente o preço das ações ou do tesouro de 10 anos.
O presidente do Fed, Jerome Powell – criticado por Trump – enfatizou que as decisões da instituição são baseadas em análises de dados econômicos e que a atual postura é de cautela, aguardando mais informações sobre os impactos reais das tarifas na economia real.
Fernando Godoy
Sócio e Portoflio Manager